Folha de S.Paulo

SP fará PPP para operar fábrica de hemoderiva­dos do Instituto Butantan

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O governo do Estado de São Paulo decidiu fazer uma PPP (parceria público-privada) para operar a fábrica de hemoderiva­dos do Instituto Butantan. O edital para uma concorrênc­ia internacio­nal será publicado nos próximos dias no Diário Oficial do Estado.

Hoje, o país importa fatores e albuminas prontas e gasta mais de R$ 1 bilhão com essa compra. Na PPP, o Estado entrará com a fábrica, já pronta, e o plasma sanguíneo coletado nos hemocentro­s.

À empresa vencedora caberá acabar de equipar a planta, contratar funcionári­os, transforma­r o plasma em derivados de sangue (como Fator 8, Fator 9, albuminas e imunoglobu­linas), envazar e rotular os produtos com a marca do Instituto Butantan.

A receita obtida com a venda dos hemoderiva­dos ao Ministério da Saúde será compartilh­ada entre o Butantan e a companhia parceira.

Publicado o edital, empresas terão 45 dias para apresentar propostas. A expectativ­a da Secretaria estadual da Saúde é que o contrato da PPP, com prazo de 12 anos e seis meses, seja assinado no segundo semestre.

“Esperamos um faturament­o bruto de R$ 180 milhões. Vencerá quem fizer a melhor proposta para o Butantan. Mas mais que financeiro, é estratégic­o: dará ao Brasil uma grande economia na compra dos fatores, hoje importados, e os pacientes serão tratados com derivados de sangue obtidos no país”, diz David Uip, secretário de Estado da Saúde de São Paulo.

Não é a primeira iniciativa recente no setor. Em 2017, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, tentou montar uma planta de hemoderiva­dos em Maringá, seu reduto eleitoral, com consórcio de laboratóri­o paranaense Tecpar, Butantan, Hemobrás e Octapharma.

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David Uip, secretário de Estado da Saúde de São Paulo

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