‹ Clube discorda de interpretação sobre a dívida
DE SÃO PAULO
O presidente do Palmeiras, Mauricio Galiotte, disse que não vai se pronunciar sobre o caso. Ele afirmou que o tema diz respeito a esferas internas do clube.
Pessoas próximas ao dirigente, por outro lado, dizem que a diretoria discorda da interpretação do caso feita pelo COF, pois a dívida contraída com a Crefisa não alcançaria a marca de 10% a 30% da receita anterior por se tratarem de contratos celebrados com a financeira que não são cumulativos.
São, segundo a visão de aliados da diretoria alviverde, vários empréstimos menores, cada um referente a um jogador diferente, fechados em períodos distintos e com escopos também distintos, apesar de a fonte que emprestou o dinheiro ser a mesma.
No fim de janeiro, Galiotte se pronunciou sobre os novos termos do acordo.
“É um compromisso futuro. Temos como ativos de garantia da operação os jogadores. O que foi investido pelo patrocinador gira em torno de R$ 120 milhões”, afirmou na época.
Já Leila Pereira, dona da Crefisa e conselheira do Palmeiras, enviou carta ao COF pedindo para comparecer pessoalmente ao conselho para fazer a defesa dos novos contratos com o clube.
“Sendo-me concedida a honra de participar da reunião, levarei toda a documentação e estarei à disposição para o esclarecimento de qualquer dúvida”, disse a empresária em carta enviada em 27 de março, dia seguinte à reunião do COF.
Pessoas ligadas a atual diretoria dizem ver motivação política na contestação dos acordos, já que a relação da dona da patrocinadora com Mustafá Contursi está rompida. O ex-presidente tem muitos aliados no Conselho de Orientação e Fiscalização. (DG)