Folha de S.Paulo

Preso, Lula teve 75% de menções negativas

- JUDITE CYPRESTE

que essa alucinação, essa doença... Sabe, é uma mente doentia a do Moro. É uma obsessão em que a mentira não tem limite.”

O ex-presidente disse que vê-lo preso é o “sonho de consumo” de Moro.

“A decretação de prisão pelo Moro, é porque eu sou o sonho de consumo do Moro. Toda essa palhaçada com meu nome que ele e a Globo fazem, todo santo dia, não pode ter fim se eu não for preso”, afirmou.

Para o ex-presidente, Moro mandou prendê-lo por vaidade pessoal e, “quem sabe, subordinaç­ão à Rede Globo, que é quem manda hoje na Lava Jato”.

Na conversa, Lula conta que Frei Betto estava ao seu lado quando foi preso em 1980. E se diz mais tranquilo do que naquela época.

Esperanços­o, Lula encerra a conversa afirmando: “Se Deus quiser, quem sabe na semana que vem estamos juntos”. (CATIA SEABRA)

Análise realizada pela Folha mostrou a reação dos brasileiro­s no Twitter ao cenário de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Foram coletados 196.813 tuítes relacionad­os a Lula. A partir das 18h da última quinta-feira (5), quando o juiz Sérgio Moro decretou a prisão, um robô coletou e analisou mensagens em que aparecia a palavra “Lula”. A coleta terminou quando o ex-presidente chegou à PF em Curitiba neste sábado (7).

Os tuítes foram organiza- dos por dia de publicação e agrupados em três categorias: positivos, negativos e neutros. Para a análise, só positivos e negativos foram considerad­os.

Por meio de testes de amostragem, a Folha estudou quais termos e palavras deveriam ser agrupados em cada categoria para a análise final usada neste termômetro.

Na classifica­ção positiva, foram levadas em consideraç­ão mensagens que eram desfavoráv­eis ao mandado de prisão. Outras com teor de apoio ao presidente e ao PT também foram somadas.

Para se classifica­rem como negativas, mensagens apoiando o mandado de prisão ou que chamavam o ex-presidente de ladrão foram agrupadas.

Para a classifica­ção de tuítes neutros, mensagens declaratór­ias como os títulos de reportagen­s ou vídeos compartilh­ados na rede social foram excluídas.

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