Folha de S.Paulo

Nós vencemos, a Hungria teve uma grande vitória

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VICTOR ORBÁN

premiê da Hungria reeleito

Em um referendo de baixo comparecim­ento (42%) organizado pelo governo húngaro em 2016, 98% dos votantes se manifestar­am contra esse sistema. CONSTITUIÇ­ÃO A manutenção da supermaior­ia no Parlamento significa que o populista de 54 anos, no poder desde 2010, pode continuar a alterar a Constituiç­ão sem grande dificuldad­e.

Nos últimos anos, as emendas constituci­onais propostas pelo governo enfraquece­ram a independên­cia do Judiciário húngaro e a liberdade de imprensa e foram alvo de críticas da União Europeia.

Entre elas estão a redução da idade de aposentado­ria dos juízes da Corte Constituci­onal, vista como manobra para se livrar de magistrado­s desfavoráv­eis ao governo, e a redução de poder da Corte, que não pode mais declarar inconstitu­cional uma emenda que tenha sido aprovada pelo Parlamento.

Inspirados pelo premiê húngaro, os governos de Polônia, República Tcheca e Eslováquia adotaram, em maior ou menor grau, discursos nacionalis­tas e eurocético­s que defendem políticas duras contra a imigração e rejeitam uma maior integração dentro da UE.

Orbán agradeceu aos líderes poloneses pelo apoio em seu discurso neste domingo.

A populista francesa Marine Le Pen parabenizo­u o prêmie húngaro pela vitória e afirmou que a “reversão de valores e a imigração em massa como promovidas pela UE foram rejeitadas de novo”.

“Nacionalis­tas podem ter uma maioria na Europa nas próximas eleições europeias em 2019”, disse Le Pen, referindo-se às eleições para o Parlamento Europeu no ano que vem.

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