Folha de S.Paulo

Conflitos no clã Fujimori cativam peruanos

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ver uma disputa entre ela e Kenji, que queria ter sido o candidato nas eleições de 2016. Keiko deixou de pedir o indulto, por sabê-lo impopular para parte da sociedade peruana, e se lançou novamente à campanha, perdendo por pouco para PPK.

Um dos votos que não teve foi justamente o do irmão. Dias depois, da cadeia, Alberto Fujimori lançou uma reprimenda a Keiko, por ter perdido duas vezes nas urnas.

Desde então, começaram a se formar dois grupos dentro do Força Popular, que tinha então mais de 70 deputados —o dos aliados de Keiko e o dos aliados de Kenji, um dos deputados com mais votos do partido, e que passou a ter a bênção do pai.

A cisão de verdade veio no dia da votação pela moção de remoção do cargo de PPK, impulsada por Keiko, em dezembro. Em segredo, Kenji já havia começado a ter conversas com o então presidente, prometendo-lhe apoio em troca do indulto ao pai. Foi o que ocorreu. PRÉ-CANDIDATOS A disputa continua, uma vez que os dois irmãos já se declararam pré-candidatos para as eleições de 2021.

Em uma de suas poucas aparições públicas recentes, Alberto Fujimori diz que torce para a reconcilia­ção de seus filhos e a “continuida­de do movimento”. Para ele, porém, o preferido para liderar a força já não é Keiko, e sim o líder dos “Avengers”.

A disputa favorece o novo presidente, Martín Vizcarra, que já não vê no fujimorism­o uma força monolítica.

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