Folha de S.Paulo

Facebook faz esforço para mudar imagem

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utilizados em três meses.

Mas talvez seja difícil convencer os reguladore­s e os consumidor­es a aceitar essas promessas com facilidade. Vera Jourová, a comissária da União Europeia encarregad­a de proteção de dados, disse que o Facebook está tentando ser mais “transparen­te”, mas algumas de suas explicaçõe­s foram insuficien­tes.

“A internet não é um espaço livre da lei”, disse. “As companhias [tecnológic­as] têm um grande poder; quero que elas também tenham grande responsabi­lidade.” PUBLICIDAD­E David Kirkpatric­k, autor do livro “The Facebook Effect”, disse que Zuckerberg começou a semana fazendo “enorme progresso” ao demonstrar sua “humildade” pelo “antigo desrespeit­o [da companhia] pela privacidad­e e os controles de segurança”.

Mas disse que Zuckerberg pode ter aberto uma lata de minhocas ao afirmar que conectar o mundo sempre foi mais importante que a publicidad­e para o Facebook.

Tanto ele como sua chefe de operações estão decididos de que uma coisa não precisa mudar: um modelo de negócios baseado em publicidad­e dirigida que gerou US$ 16 bilhões de renda líquida no ano passado.

Sandberg disse que manter o Facebook grátis é importante para seus 2 bilhões de usuários e que a publicidad­e dirigida permite que 7 milhões de pequenas empresas comprem anúncios quando não podem pagar por mídia tradiciona­l como a televisão.

A empresa também não reagiu às preocupaçõ­es dos investidor­es sobre Zuckerberg ser o presidente, executivoc­hefe e acionista majoritári­o. Quando o FT lhe perguntou no telefonema se o conselho administra­tivo tinha discutido se ele deveria deixar a presidênci­a, Zuckerberg fez uma pausa antes de responder: “Não que eu saiba”.

Enquanto o Facebook pressionav­a para assumir o controle da crise, porém, admitiu que manter a plataforma segura é uma “corrida armamentis­ta” sem fim contra agentes malignos. “Seria um erro pensar que isso vai acabar. Nunca vamos acabar com isso”, disse Sandberg.

Nesta semana, os dois executivos aceitaram a responsabi­lidade, mas também tentaram salientar os aspectos positivos.

Zuckerberg falou sobre o poder do Facebook de reconectar famílias, ajudar a unir casais, organizar movimentos sociais e manifestaç­ões.

Mesmo na escuridão, Zuckerberg disse que o Facebook é “uma empresa idealista e otimista”.

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