AÇÃO CONTRA MILÍCIA PRENDE 3 MILITARES
Três militares (dois soldados
Daniel Mack, consultor independente em temas de redução da violência armada, diz que cartuchos deflagrados e projéteis são uma mina de ouro em termos de informação.
“Mas tem que priorizar buscar, catalogar, analisar as informações, e para isso são necessários equipamentos, profissionais preparados, laboratórios de balística com recursos nos institutos das policias e polícia técnica-científica”.
“Toda e qualquer munição usada criminalmente ou apreendida pela política precisa ser analisada, rastreada e ser usada como dado em processos —não só os judiciários para culpabilizar o criminoso, mas os de inteligência para entender outros possíveis crimes cometidos com a mesma arma”, diz Mack.
O Comando do Exército, a quem cabe o controle do comércio de armas e munições, disse que não comentaria opinião de especialistas em segurança pública, mas mencionou que o Brasil “é um dos poucos países que possuem controle de rastreamento nas munições fabricadas, exigindo a marcação única na produção desse tipo de material”.
O Exército disse que no final de 2017, por meio da diretoria de fiscalização de produtos controlados, “estabeleceu as diretrizes de rastreamento, criando o Sisnar (Sistema Nacional de Rastreamento)”.
“O Sisnar representa um conjunto de recursos e ações que possibilitam tanto monitorar o produto durante o seu ciclo de vida quanto rastrear a sua origem quando esse é desviado desse ciclo”, informou o Exército.
Sobre a munição adquirida por órgãos públicos, a entidade afirmou que “é de total responsabilidade da instituição adquirente, não cabendo ao Exército a fiscalização quanto ao uso, armazenagem e controle de seus estoques”.