Do meio do campo, quarto árbitro anulou pênalti
Partida ficou paralisada por oito minutos, após juiz errar ao marcar penalidade
A cerca de cinquenta metros de distância, do meio do campo, veio a orientação de que Dudu, do Palmeiras, não foi atingido pelo volante Ralf no lance mais polêmico do clássico deste domingo (8).
O quarto árbitro Adriano de Assis Miranda foi o responsável por avisar o juiz Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza que não houve pênalti.
A jogada aconteceu aos 26 minutos do segundo tempo e o árbitro, que estava a menos de 10 metros do lance, marcou a infração. Ele demorou para receber a informação do quarto árbitro mesmo com o rádio comunicador que a equipe de arbitragem usa nos jogos.
Marcelo Aparecido só percebeu que o seu auxiliar o chamava após ser avisado pelo atacante Romero um minuto e dez segundos após a marcação do pênalti. Antes, mostrou cartão amarelo para Balbuena por reclamação.
Assim que conversou com o auxiliar Adriano de Assis Miranda, o árbitro voltou atrás na sua marcação —dois minutos e cinquenta e segundos após a o lance.
Adriano estava na linha do meio de campo. Alberto Poletto Masseira, assistente adicional, que estava na linha da grande área, não se pronunciou a respeito do lance.
De acordo com Sérgio Correa, membro da comissão de arbitragem da CBF, a decisão foi correta porque a “equipe de arbitragem deve informar ao árbitro, que será o responsável pela decisão final.
Em nota, a Federação Paulista de Futebol (FPF) disse que “a diretriz da arbitragem prevê que o árbitro, em lances com alta dificuldade, consulte toda sua equipe para, em conjunto, tomar as decisões corretas”
A FPF não utiliza árbitros de vídeo em seus campeonatos. A decisão do árbitro de voltar atrás gerou muita reclamação da diretoria e dos jogadores do Palmeiras. Logo após a equipe alviverde perder a decisão para o rival nos pênaltis, o presidente Maurício Galiotte e Alexandre Mattos, diretor de futebol, tiraram os atletas de campo antes da premiação.
“Houve interferência externa. É uma vergonha, Campeonato estragado, jogado no lixo. Respeitamos o adversário, mas ninguém precisa passar por isso. Nem Palmeiras nem Corinthians nem outros clubes. O que digo ao torcedor palmeirense é: esqueçam o campeonato. O Palmeiras é muito maior do que o Paulistinha. Nós vamos brigar por coisas grandes. Não vamos ficar preocupados com uma situação absolutamente vergonhosa”, disse Galiotte após a partida.
Ele é defensor da utilização do árbitro de vídeo no futebol brasileiro. Em fevereiro, ele foi umdossetedefensoresdaimplementação do sistema durante a disputa da Série A do Brasileiro. O Corinthians votou contra, com a maioria que derrubou o uso da tecnologia no Nacional.
Após a final, cerca de cem palmeirenses depredaram a sede da Federação Paulista de Futebol, na Barra Funda (zona oeste). Ninguém ficou ferido. (AS E LC) O árbitro Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza marca pênalti do volante corintiano Ralf em lance com o atacante e capitão do Palmeiras, Dudu, aos 26 minutos do segundo tempo Revoltados com a marcação da penalidade, jogadores do Corinthians cercam o árbitro, que se aproxima da marca do pênalti e aponta para ela. Balbuena leva amarelo por reclamar Avisado pelo quarto árbitro, o juiz fica em dúvida da própria marcação e é cercado, desta vez, por jogadores palmeirenses. Ele volta atrás e aponta apenas escanteio para o Palmeiras