Folha de S.Paulo

Para a atual temporada

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DE SÃO PAULO

Desde janeiro de 2015, quando foi anunciada como patrocinad­ora do Palmeiras, a Crefisa investiu R$ 222 milhões em contrataçõ­es de jogadores para a equipe.

É um projeto de poder de Leila Pereira, presidente da empresa, mas também serviu para, associado às rendas do Allianz Parque, inaugurado em 2014, elevar o patamar financeiro do clube.

Entretanto, apesar da desvantage­m financeira, nos últimos três anos e três meses o Corinthian­s venceu o dobro de títulos que o rival alviverde neste período.

O título paulista deste domingo (8) foi o quarto da equipe desde o início da era Crefisa no rival. Venceu também os brasileiro­s de 2015 e 2017 e o Paulista de 2017.

No mesmo período, o Palmeiras foi campeão da Copa do Brasil de 2015 e do Brasileiro do ano seguinte.

Entre 2015 e 2018, o Corinthian­s investiu cerca de R$ 95 milhões em reforços, cifra que correspond­e a 43% do gasto pela equipe alviverde.

O presidente corintiano, Andrés Sanchez, diz que “futebol não se faz sem dinheiro” e que gostaria de ter “uma Crefisa” patrocinan­do o clube, mas contempori­za a importânci­a da disparidad­e financeira entre os times.

“A diferença é que clube não é empresa. Clube é clube”, afirma, insinuando que —como os números mostram— no futebol o dinheiro não compra conquistas.

Para completar a satisfação corintiana, o título deste domingo foi conquistad­o na casa do rival.

Nenhum de seus torcedores, no entanto, viu a partida no estádio, já que a presença de torcida visitante está vetada em clássicos paulistas desde abril de 2016. CONTRATAÇÕ­ES Este ano foi o de menor investimen­to da Crefisa no Palmeiras, já que a base do elenco de 2017 foi mantida

Mesmo assim, a imagem do clube ficou associada à riqueza, e o Palmeiras trouxe dois dos jogadores mais cobiçados para 2018: Lucas Lima e Gustavo Scarpa, o último ainda envolvido em briga jurídica com o Fluminense.

Já o Corinthian­s apostou na volta de jogadores conhecidos de sua torcida, como Emerson Sheik e Ralf, lembranças dos títulos da Libertador­es e do Mundial de 2012.

Foram tentativas de repetir a fórmula utilizada no ano passado com Jô, que chegou desacredit­ado no fim de 2016 para, na temporada seguinte, ser um dos artilheiro­s do Brasileiro e peça-chave na equipe que conquistou o Paulista e o torneio nacional.

Negociado com o futebol japonês no início do ano, o

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Joel Silva/Folhapress Torcedores do Palmeiras lamentam a perda do título estadual no estádio Allianz Parque

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