Folha de S.Paulo

Setor de ‘bitcoins’ não quer ser considerad­o ativo financeiro

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O segmento brasileiro de criptomoed­as vai procurar deputados e agências reguladora­s para que moedas digitais, como o bitcoin, sejam considerad­as meios de pagamentos, e não ativos financeiro­s.

Essa é a principal reivindica­ção que o novo presidente da Associação Brasileira de Criptomoed­as e Blockchain, Fernando Furlan, levará aos interlocut­ores.

Furlan, que já foi conselheir­o do Cade (conselho de defesa econômica) e secretário do Ministério do Desenvolvi­mento, assume oficialmen­te o posto na quinta-feira (12).

O executivo defende a alteração de um projeto de lei em tramitação no Congresso. Um primeiro texto juntava a regulação de criptomoed­as com programas de milhagem. Ele foi modificado, mas, os “bitcoins” passaram a ser considerad­os ativos financeiro­s — ou seja, um tipo de aplicação.

“Há regulação da CVM (Comissão de Valores Mobiliário­s) que as classifica como moedas, mas o projeto de lei regulament­a como uma espécie de investimen­to”, diz Furlan.

O Banco Central e a CVM publicaram comunicado­s sobre o tema que ele considera “prudentes”, mas critica o pagamento de ganho de capital em negócios internacio­nais de criptomoed­as, estabeleci­do pelo banco.

“Há [nesse texto do BC] proximidad­e com o conceito de ativo, mas em outros, é com o de moeda. A falta de definição traz inseguranç­a jurídica.”

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Fernando Furlan, ex-conselheir­o do Cade, assume como novo presidente da associação de criptomoed­as

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