ANÁLISE Acordo é jogo de ganha-ganha para as duas companhias
2000 a 2005 Inicia exportação de carne bovina 2007 Abre capital e inicia uma onde de dezenas de aquisições e expansão para quase 20 países. Crescimento, parcialmente financiado pelo BNDES, levaria a alto endividamento 2008 Entra no segmento de aves e suínos. Compra a Moy Park, a maior produtora de aves da Irlanda do Norte 2010 Aquisição da Keystone Foods, uma das maiores fornecedoras de alimentos para restaurantes com atuação na América do Norte, Ásia e Oceania 2013 Empresa apresenta um plano de reestruturação com venda de ativos. Vende as unidades de negócio Seara e Zenda 2015 Vende a unidade de negócio da Moy Park 2018 Compra a National Beef
FOLHA
A compra da National Beef pela Marfrig pode ser um jogo de ganha-ganha para as duas companhias.
A National Beef vai ter acesso a um bom volume de carne no Brasil, e a Marfrig avança sobre mercados como os do Japão e da Coreia do Sul.
As empresas têm de resolver, porém, o endividamento elevado do grupo que formam. A venda da Keystone Foods, como já anunciado, alivia.
A operação deve ter sido muito bem estudada antes de concretizada. Desta vez, não há a participação do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), incentivador da formação de gigantes brasileiros, mas a de uma instituição financeira do agronegócio: o Rabobank.
A participação de 51% da Marfrig na National Beef a coloca no que ela mais sabe fazer: atuar no mercado de carne bovina.
Além disso, dá fôlego para a empresa avançar sobre mercados que remuneram melhor as carnes com matériaprima dos Estados Unidos.
A carne brasileira é mais competitiva em preços, mas não é do tipo premium como o produto dos EUA, do Uruguai, da Austrália e da Nova Zelândia. As empresas vão ter os dois tipos de carne para atender a diversas demandas.
Nesse negócio, a Marfrig ganha musculatura nos Estados Unidos e a National Beef passa a usufruir da presença mundial da Marfrig.