Qualidade de vida também é saúde
A rede pública de saúde oferta 29 práticas integrativas e complementares. São atividades como ioga, acupuntura, homeopatia, quiropraxia e tai chi chuan que, ao longo de 12 anos, passaram a fazer parte do SUS por sua relevância na promoção da saúde e bem-estar da população. O modelo adotado pelo Ministério da Saúde está absolutamente de acordo com as orientações da OMS (Organização Mundial de Saúde) e atende a um pleito de gestores, trabalhadores e usuários nas Conferências Nacionais de Saúde.
O recente avanço na oferta dessas práticas —nos últimos dois anos, o Ministério da Saúde incorporou 24 modalidades— reforça o compromisso com uma saúde pública cada vez mais voltada à prevenção de doenças e qualidade de vida dos cidadãos. Um modelo mais resolutivo e, associado à expansão da atenção básica e da atuação dos agentes comunitários de saúde, mais preparado para responder a desafios impostos pelo envelhecimento populacional e aumento das doenças crônicas não transmissíveis.
Somos pioneiros. Há 12 anos, quando o Ministério da Saúde incorporou acupuntura e homeopatia também houve debate. Mas, hoje, colhemos os benefícios da oferta mais ampla. Atingimos, por ano, mais de 5 milhões de brasileiros de 3.173 municípios e 9.350 estabelecimentos do SUS, 88% na atenção básica. As experiências e pesquisas apresentadas no 1º Congresso Internacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde Pública, sediado no Brasil, com mais de 900 trabalhos apresentados, apontam resultados concretos na redução de dor, ansiedade, estresse e outros sintomas.
Essas atividades não substituem o tratamento convencional. Como o próprio nome diz, são oferecidas de forma complementar ao cuidado realizado nas unidades de saúde e por profissionais que tenham formação específica.
É importante esclarecer ainda que não há ônus ao orçamento. Essas modalidades estão dentro do recurso já disponível no Piso da Atenção Básica, que é de R$ 17,2 bilhões por ano para todo o país. Gestores estaduais e municipais, como prevê a legislação, organizam a oferta conforme suas necessidades.
Assim como no Brasil, outros países já incluíram as práticas em suas rotinas. A Suíça oferece em seu sistema público homeopatia, antroposofia, fitoterapia. Na Inglaterra, o sistema oferta hipnose, meditação, massagem, quiropraxia e musicoterapia. No México, há fitoterapia, homeopatia e quiropraxia. Todos baseados em ampla produção científica, que tem mostrado a segurança e efetividade dessas modalidades para a saúde das pessoas.
Levantamento feito pelo Ministério da Saúde apontou quase cem periódicos que abordam os benefícios dessas práticas, como o American Journal of Chinese Medicine e o European Journal of Integrative Medicine. No Brasil, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) também financia grupo de pesquisa sobre o tema e um consórcio acadêmico com mais de 50 universidades que auxiliam na tomada de decisões nas políticas públicas. Já são 460 pedidos de pesquisadores-doutores para entrar no consórcio.
Assim, há respaldo científico, há respaldo na experiência dos profissionais e dos usuários, e da maior autoridade de saúde do mundo, a OMS. As práticas integrativas e complementares promovem o bem-estar do indivíduo. A inclusão no SUS é fundamental para promover saúde. O Ministério da Saúde conta com o apoio dos conselhos de classe de farmácia, enfermagem, fisioterapia e terapia ocupacional, e continuará trabalhando para a qualidade de vida dos cidadãos. DANIEL AMADO,
Fui ler a entrevista esperando uma análise menos tendenciosa e me deparo com uma propaganda indireta de valores caros à direita. Há um único objetivo: respaldar como verdade absoluta as teses liberais como solução política no Brasil.
AFONSO CELESTE NETO
É estarrecedor que alguns leitores não tenham compreendido o texto de Francisco Daudt (“Drama e culpa, armas de manipular”, Tendências/ Debates, 12/4). O problema evidenciado pelo autor é a propaganda manipuladora.
IVANI CUNHA DI SARNO
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O DER lamenta o tom sensacionalista da Folha no título da reportagem “Instável, rota do litoral de SP vive roleta-russa” (Cotidiano, 13/4), como se trafegar pela rodovia Mogi-Bertioga levasse necessariamente ao risco de morte configurado no procedimento com arma de fogo a que o jornal faz alusão. O órgão estadual sempre prioriza a segurança dos usuários. Esse é, aliás, um dos motivos cruciais das interdições adotadas diante da imprevisibilidade do solo da serra do Mar.
MÁRCIO CAVA,