Citando os próceres latinoamericanos Simón Bolívar e
Em comunicado divulgado no fim da Cúpula das Américas, o Brasil, os EUA e outros 14 países da região declararam que as eleições na Venezuela não terão legitimidade, nem credibilidade, se não for um processo democrático e sem presos políticos.
Países como a Argentina, o Peru e a Colômbia queriam que a declaração condenasse de forma inequívoca a votação de 20 de maio, afirmando que não será reconhecida.
Mas o Brasil pediu maior moderação por acreditar que não reconhecer a eleição implicará romper completamente com o regime do ditador Nicolás Maduro.
O governo brasileiro acredita que precisa manter relações para cuidar de questões como saúde, interesses de brasileiros, embora não veja a eleição como legítima.
Para Brasília, alguns países da região estão dizendo que não reconhecerão as eleições, mas será apenas um gesto retórico, pois , se isso ocorresse de verdade, implicaria no rompimento total de relações com o regime.
Líderes como o argentino Mauricio Macri, o colombiano Juan Manuel Santos, o chileno Sebastián Piñera e o panamenho Juan Carlos Varela adotaram um tom muito mais agressivo em seus discursos.
Santos afirmou que não reconhecerá as eleições “porque elas estão desenhadas para maquiar uma ditadura”.
Macri foi o primeiro a criticar a Venezuela, na abertura da cúpula. “Não é uma eleição democrática, e a comunidade internacional não pode ficar quieta. Não podemos vir a essa cúpula, dizer que os responsáveis são os outros.”
Piñera afirmou que o não reconhecimento por parte do Chile será “porque não cumpre os requisitos mínimos de uma eleição democrática”, e Varela, por ser “uma atitude contra o povo venezuelano.”
Já o presidente Michel Temer não afirmou que o Brasil não reconhecerá as eleições que se realizam na Venezuela no próximo dia 20 de maio.
“Trabalhamos com o Grupo de Lima e queremos uma OEA [Organização dos Estados Americanos] cada vez mais atuante para que possa ajudar o povo da Venezuela a reencontrar a trajetória da democracia”, afirmou. PENCE José de San Martín, o vicepresidente dos EUA, Mike Pence, elogiou os esforços dos países da região em pressionar a Venezuela a retomar sua democracia, mas pediu ações ainda mais duras.
Elogiou o Peru por não ter convidado o país a participar da Cúpula das Américas, os próprios EUA e o Canadá por impor sanções a funcionários PATRÍCIA CAMPOS MELLO)