Cobertura abre supermercado de armas na Síria
Na manchete do Washington Post, fechando o domingo, “Assad desdenha armas dos EUA após ataque”.
Já no canal russo de notícias RT, “Assad louva armas soviéticas após ataque”. Citou mísseis e antimísseis desenvolvidos por Moscou “nos anos 1970”, como S-125 e Buk, que teriam derrubado, pelas contas russas, questionadas pelas americanas, “71 dos 103 mísseis dos EUA e aliados”.
Na mesma linha, a BBC, canal dos aliados britânicos dos EUA, descreveu elogiosamente os oito mísseis Stormshadow usados no ataque, “difíceis de derrubar” —mas que teriam sido interceptados, “todos”, segundo os russos.
Mais importante, a Bloomberg noticiou que o “Ataque à Síria testou novo míssil da Lockheed”, produzido por programa de US$ 4,6 bilhões do Pentágono. Foram 19 deles, apelidados de JASSM, “difíceis de detectar e desenhados para penetrar até 322 quilômetros no inimigo”.
Além dos mísseis da Lockheed, os americanos dispararam 57 Tomahawks fabricados pela Raytheon. Esta obteve retorno imediato, segundo o site The Canary, próximo ao Partido Trabalhista britânico, com o enunciado:
“Enquanto as bombas caíam na Síria, preço das ações da Raytheon [em Wall Street] alcançaram recorde de alta.”
Anti-GPS Segundo a BBC, o ataque à Síria usou “mapeamento por GPS”. É o sistema de posicionamento global dos EUA, usado por Waze e outros. Dias antes, na escalada para o ataque, o RT deu que a Rússia e a China decidiram criar um sistema integrado de posicionamento, juntando os respectivos Glonass e BeiDou.