Folha de S.Paulo

‘Passei semanas sendo torturado’, diz ator escocês

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DO ENVIADO A TORONTO

“Submersão” foi um projeto difícil, segundo Wenders. O orçamento, de US$ 15 milhões, era curto para rodar cenas submarinas no Mar do Norte e encarar locações desestrutu­radas no Djibuti, o vizinho depauperad­o que fez as vezes da Somália no filme.

Apesar disso, o diretor era uma figura afável no set, diz James McAvoy, que vive o espião britânico James. “Ele era um cara totalmente sossegado”, lembra ele, com a mesma cabeça raspada com que aparece no papel do professor Xavier em “X-Men”.

Difícil mesmo, diz o ator escocês, foi enfrentar a clausura. Seu personagem passa uma parte consideráv­el da trama encerrado por extremista­s islâmicos numa cubículo escuro, iluminado só por uma fresta.

“Ser enclausura­do é uma coisa que te faz se sentir na merda, aquilo entra em você”, diz. “Quando acabava, tudo o que eu fazia era voltar para o hotel e abrir uma cerveja do frigobar. Passei semanas levando porrada, sendo torturado.”

Outra parte consideráv­el ele passa nas praias da Normandia, trocando carícias com Alicia Vikander, seu par amoroso na trama.

“Foi mais fácil, mas eu a conhecia pouco. Já tínhamos contato por causa de Michael [Fassbender, marido da atriz e colega de elenco de McAvoy em ‘X-Men’]. Ainda assim, não éramos íntimos. Eu e Michael nos vemos menos do que gostaríamo­s. E bem menos do que a internet gostaria”, brinca. (GG)

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