No ISOJ (Simpósio Internacional de Jornalismo Online) no fim de semana.
da Guerra no Iraque quase nove anos antes de seu fim.
Nas últimas semanas, o alvo maior foi o bilionário Jeff Bezos, dono da varejista online Amazon e do Washington Post, jornal que faz cobertura cerrada do governo.
“Eles [Amazon] pagam pouco ou nenhum imposto, usam nossos Correios como garoto de entrega e estão levando milhares de varejistas à falência”, afirmou. Para ele, o Washington Post é o “principal lobista” de Bezos.
“Ele pode estar em guerra conosco, mas não estamos em guerra com ele; só estamos fazendo nosso trabalho”, afirmou o editor-executivo do Post, Martin Baron, em palestra POLARIZAÇÃO Analistas ouvidos pela Folha concordam que Trump tem direito a se expressar. “Há certa frustração no governo com o tipo de cobertura que parte da imprensa faz da gestão”, diz Boczkowski.
O problema, apontam, é a falta de compromisso com os fatos, como quando sua então assessora Kellyanne Conway cunhou a expressão “fatos alternativos” para dizer que a posse de Trump tivera público recorde (não teve).
“Isso gera enorme risco para a imprensa”, afirma Edison Lanza, relator da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos.
Em seu relatório sobre a liberdade de expressão nas Américas, ele aponta crescentes episódios de violência contra jornalistas nos EUA, sobretudo de assédio e ameaças online a a autores de reportagens críticas a Trump.
“Um contexto de clara confrontação, no qual jornalistas são constantemente insultados e estigmatizados, impede um debate razoável e plural de questões públicas”, diz o texto, que pondera que a tensão entre imprensa e governo é natural, mas a polarização fere a democracia.