Folha de S.Paulo

União e Petrobras divergem na discussão sobre cessão onerosa

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DA REUTERS

Apontada como uma das grandes prioridade­s do governo federal, a discussão sobre a cessão onerosa segue indefinida, com a União e a Petrobras disputando o recebiment­o de bilhões de reais na revisão de contrato assinado em 2010.

O contrato da cessão de direitos garantiu à Petrobras até 5 bilhões de barris de óleo equivalent­e em uma determinad­a área do pré-sal.

Pelo acertado à época da capitaliza­ção da empresa, a estatal pagou à União cerca de R$ 75 bilhões.

Uma renegociaç­ão do valor, consideran­do variáveis como preço do barril e câmbio, estava prevista desde o início, depois que as áreas fossem declaradas comerciais, o que já ocorreu.

Na tarde desta terça-feira (17), integrante­s da equipe econômica —incluindo os novos ministros da Fazenda, Eduardo Guardia, e do Planejamen­to, Esteves Colnago— participar­am de encontro com o novo ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, e o presidente da Petrobras, Pedro Parente, para mais uma rodada de conversas sobre o tema.

Na saída do encontro, Guardia afirmou que apenas falaria sobre o assunto quando as negociaçõe­s estivessem encerradas, citando até mesmo a existência de termo de confidenci­alidade.

Esta foi a primeira participaç­ão de Guardia na reunião como ministro da Fazenda. Quando ainda atuava como secretário-executivo, ele liderava os encontros do grupo e era visto como responsáve­l por imprimir equilíbrio a um assunto espinhoso e sensível para ambas as partes.

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Mauro Pimentel - 10.nov.17/AFP Trabalhado­r na plataforma Cidade de Itaguai, em Santos

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