Fla e Corinthians rejeitam presidente da CBF
Clubes de maior torcida e Atlético-PR foram os que não apoiaram Caboclo, candidato único à presidência da entidade
Apoiado por Marco Polo Del Nero, presidente eleito diz que sua gestão terá como pilares eficiência e integridade
nos EUA, acusado de receber propina na venda de direitos comerciais de torneios de futebol. Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira foram indiciados no país sob acusações similares. Todos negam ter cometido irregularidades.
“Da minha parte, prometo muito trabalho. Minha gestão terá dois pilares, que serão eficiência e integridade”, disse Caboclo após ter a sua vitória no pleito decretada.
“Desafios não me assustam. A CBF mudou de patamar nos últimos anos. É uma grande empresa privada agora”, acrescentou.
Desconhecido do torcedor, Caboclo nunca apresentou publicamente os seus projetos para comandar a CBF.
Rejeitado pelos presidentes de federações estaduais até o final do ano passado, o paulista conseguiu a vitória após receber o apoio formal de Del Nero, que está afastado da presidência da CBF pela Fifa desde dezembro.
Sem chance de continuar no comando da entidade e aguardando uma punição ainda maior, Del Nero apressou o processo para fazer o seu sucessor, e conseguiu.
Na gestão atual, Caboclo cuida das finanças da entidade e é o responsável por aprovar ou rejeitar pedidos das federações por mais verbas.
No seu discurso, ele fez questão de elogiar o seu mentor e desejar “toda sorte nos desafios que enfrenta”.
Nascido em São Paulo, Caboclo é advogado e administrador de empresas. Ele começou a sua carreira de cartola aos 26 anos, quando passou a integrar, como conselheiro vitalício, o Conselho Deliberativo do São Paulo.