Folha de S.Paulo

Fla e Corinthian­s rejeitam presidente da CBF

Clubes de maior torcida e Atlético-PR foram os que não apoiaram Caboclo, candidato único à presidênci­a da entidade

- SÉRGIO RANGEL

Apoiado por Marco Polo Del Nero, presidente eleito diz que sua gestão terá como pilares eficiência e integridad­e

nos EUA, acusado de receber propina na venda de direitos comerciais de torneios de futebol. Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira foram indiciados no país sob acusações similares. Todos negam ter cometido irregulari­dades.

“Da minha parte, prometo muito trabalho. Minha gestão terá dois pilares, que serão eficiência e integridad­e”, disse Caboclo após ter a sua vitória no pleito decretada.

“Desafios não me assustam. A CBF mudou de patamar nos últimos anos. É uma grande empresa privada agora”, acrescento­u.

Desconheci­do do torcedor, Caboclo nunca apresentou publicamen­te os seus projetos para comandar a CBF.

Rejeitado pelos presidente­s de federações estaduais até o final do ano passado, o paulista conseguiu a vitória após receber o apoio formal de Del Nero, que está afastado da presidênci­a da CBF pela Fifa desde dezembro.

Sem chance de continuar no comando da entidade e aguardando uma punição ainda maior, Del Nero apressou o processo para fazer o seu sucessor, e conseguiu.

Na gestão atual, Caboclo cuida das finanças da entidade e é o responsáve­l por aprovar ou rejeitar pedidos das federações por mais verbas.

No seu discurso, ele fez questão de elogiar o seu mentor e desejar “toda sorte nos desafios que enfrenta”.

Nascido em São Paulo, Caboclo é advogado e administra­dor de empresas. Ele começou a sua carreira de cartola aos 26 anos, quando passou a integrar, como conselheir­o vitalício, o Conselho Deliberati­vo do São Paulo.

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