Folha de S.Paulo

Amoêdo defende privatizaç­ão total e prevê 10 ministério­s

Pré-candidato a presidente pelo Novo diz também que país não deveria usar dinheiro público para financiar partidos políticos

- FÁBIO ZANINI FERNANDO CANZIAN

João Amoêdo, 55, pré-candidato à Presidênci­a pelo Partido Novo, diz ser favorável à privatizaç­ão total das estatais e do encolhimen­to para dez no número de ministério­s.

“O Brasil não precisa de um Estado grande porque é pobre. É justamente o contrário disso”, disse o ex-executivo do mercado financeiro em entrevista à TV Folha.

Com 1% das intenções voto segundo o Datafolha, Amoêdo aposta também na eleição para deputados federais a fim de fortalecer seu partido, que terá cerca de 360 candidatos em 18 Estados. TAMANHO DO ESTADO Somos a favor da privatizaç­ão total. Petrobras, Caixa, Banco do Brasil. Se por acaso as pesquisas disserem que não é isso o que a grande maioria quer, nós vamos explicar. Porque achamos que isso é bom para o eleitor. E não mudar a pauta porque essa não é a que faz sucesso.

Queremos trabalhar com a máquina pública bem enxuta, com a ideia de dez ministério­s, e reduzir bastante a quantidade de secretaria­s para que o Estado foque nas áreas essenciais.

Obviamente que quem está no Estado vai sempre defender a ideia de que precisamos ter estatais e o poder concentrad­o em Brasília, pois is- so atende aos interesses de quem está lá.

Temos uma falência do atual modelo do Estado brasileiro, onde se tem uma carga tributária altíssima, onde se trabalha 153 dias por ano para pagar impostos, e onde a saúde, educação e segurança são ruins. GESTÃO E POLÍTICA aumento da produtivid­ade. Senão, fica insustentá­vel e cria rombos como os atuais nas contas públicas.

A valorizaçã­o tem de ser por meio da qualificaç­ão das pessoas, por meio de capacitaçã­o e educação. O aumento do salário acabará sendo consequênc­ia disso. NORTE E NORDESTE É o Estado e o seu peso que está impedindo que essas regiões consigam produzir e crescer. Quando olhamos qualquer lugar do mundo e analisamos a relação entre maior liberdade econômica e maior renda per capita, vemos que ela é direta.

No Brasil, concentram­os poder em Brasília, e damos migalhas para os outros, onde as pessoas gostariam de empreender e montar negócios para poder trabalhar.

Quando o cidadão tem mais poder e autonomia, e o Estado é menos intervenci­onista, é quando os países mais crescem. DINHEIRO PÚBLICO

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Victor Parolin/Folhapress O pré-candidato à Presidênci­a da República João Amoêdo, do Partido Novo, durante entrevista no estúdio do TV Folha

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