Folha de S.Paulo

México proíbe negócios com a construtor­a

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DA REUTERS

O México proibiu que entidades federais e governos estaduais façam negócios com a construtor­a brasileira Odebrecht pelos próximos 30 meses e multou a companhia em US$ 60 milhões (R$ 203 milhões), anunciou o governo.

O México proibiu entidades públicas de “participar de contratos públicos federais ou quaisquer contratos com a construtor­a Norberto Odebrecht”, anunciou o diário oficial do governo mexicano. Os contratos existentes não serão afetados, de acordo com a publicação.

Duas subsidiári­as da companhia brasileira foram multadas em (US$ 30 milhões cada uma, de acordo com um documento do governo mexicano. Dois representa­ntes legais da empresa também foram multados em US$ 69,7 mil cada um.

As decisões se relacionam a inquéritos sobre suspeitas de corrupção nos negócios entre a Odebrecht e a estatal petroleira Pemex, disseram representa­ntes do governo mexicano. As autoridade­s não ofereceram detalhes.

A empresa admitiu ter pago US$ 10,5 milhões em propinas no México.

A Odebrecht vem desempenha­ndo papel central em um dos maiores escândalos de corrupção da América Latina e admitiu ter pago propinas em países que vão do Peru ao Panamá.

No Equador, o vice-presidente­foipresoem­razãodo escândalo da Odebrecht, e a companhia pagou bilhões de dólares em acordos para encerrar processos nos EUA, no Brasil e na Suíça.

Jorge Glas foi condenado a seis anos de prisão por associação criminosa por receber propina da Odebrecht para beneficiá-la em licitações.

No mês passado, o presidente do Peru renunciou depois que foi iniciado um inquérito sobre suas conexões com a Odebrecht. Pedro Pablo Kuczynski refutou as acusações que o vinculam a pagamentos ilícitos. PAULO MIGLIACCI

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