Rebelião em prisão de SP termina após 22 horas
Os 3 defensores públicos que haviam sido feitos reféns pelos detentos foram liberados no final da manhã desta sexta (27)
são paulo Chegou ao fim na tarde desta sexta (27) a rebelião no presídio de Lucélia, no oeste paulista. Foram cerca de 22 horas de motim.
Os três defensores públicos que foram mantidos reféns por mais de 21 horas foram libertados no final da manhã.
Em nota, a Defensoria Pública de SP disse que os defensores passam bem. Os nomes deles não foram divulgados por questões de segurança.
A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou que não houve necessidade da atuação do Grupo de Intervenção Rápida e que está contabilizando o número de presos feridos, bem como possíveis danos às instalações.
A pasta afirmou que foi aberto procedimento disciplinar para averiguar o ocorrido e que as visitas do fim de semana foram suspensas, “a fim de garantir a segurança de visitantes e funcionários”.
O motim começou na tarde de quinta (26), durante o banho de sol. Segundo a SAP, cinco defensores entraram por volta das 14h nos pavilhões três e quatro da unidade. Vinte minutos depois, três deles foram rendidos.
Os outros dois defensores e os demais funcionários da unidade deixaram o local tão logo a rebelião começou, de acordo com a secretaria.
Os detentos teriam ainda quebrado portas que separam os galpões para liberar presos dos outros pavilhões.
A PM, o Corpo de Bombeiros e o Grupo de Intervenção Rápida, com o diretor da penitenciária e o coordenador das unidades prisionais da região, comandaram as negociações.
A SAP informou que os defensores foram avisados de que, como era o horário do banho de sol dos presos, não seria seguro entrar, mas que eles teriam insistido.
A Apadep (Associação Paulista de Defensores Públicos), no entanto, diz que os cinco profissionais “não foram alertados pelo diretor do estabelecimento de que a entrada era perigosa, pois havia risco de motim iminente”.
A Defensoria afirmou que os defensores foram até a penitenciária para realizar uma inspecção das condições carcerárias. Por lei, defensores e juízes têm acesso às unidades e não podem ser barrados.
A penitenciária de Lucélia tem capacidade para 1.440 presos; hoje, tem 1.820.