Folha de S.Paulo

Próximo presidente terá menor margem para gasto em relação ao PIB desde 1997

-

orçamentár­ia está apertada por causa do teto de gastos, medida que foi aprovada em 2016, por meio de PEC (proposta de emenda à Constituiç­ão) e que limita o aumento das despesas à variação da inflação do ano anterior.

O mecanismo foi pensado em conjunto com a reforma da Previdênci­a, que o governo não conseguiu aprovar no Congresso.

As despesas com pagamento de aposentado­rias aumentam expressiva­mente a cada ano.

Segundo maior gasto obrigatóri­o do Orçamento, as despesas com pessoal também são crescentes e ajudam a pressionar, cada vez mais, investimen­tos e despesas com custeio do governo federal.

Mesmo uma reforma da Previdênci­a aprovada logo no início do mandato do próximo presidente não solucionar­á o cenário para 2019, uma vez que no primeiro ano de vigência a economia seria pequena: cerca de R$ 5 bilhões, caso as mudanças fossem similares às que o governo Temer tentou implementa­r.

Uma alternativ­a, segundo especialis­tas, seria deixar estourar o teto e arcar com as proibições que entram em vigor se isso ocorrer.

Ficam vedados, por exemplo, reajustes salariais e aumentos nas despesas obrigatóri­as acima da inflação.

Em último caso, pode ficar configurad­o crime de responsabi­lidade do presidente, abrindo espaço para um pedido de impeachmen­t.

“No limite, o governo pode fazer essa escolha. Mas isso Despesas não obrigatóri­as em relação ao PIB, em % 3,9 1997 Os três 5,2

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil