Folha de S.Paulo

Trupe brasileira com Xênia França e BaianaSyst­em toca nos EUA

Oitava edição do Brasil Summerfest acontece entre julho e agosto, com palco no Central Park e shows por NY

- -Amanda Nogueira

são paulo A oitava e maior edição do Brasil Summerfest acontecerá entre 29 de julho e 12 de agosto, em Nova York, com uma trupe que reúne a banda BaianaSyst­em, a cantora Xênia França e o bandolinis­ta Hamilton de Holanda, entre outros brasileiro­s.

Parte da programaçã­o gratuita ocupa um palco no Central Park, no dia 5 de agosto, integrada ao festival de verão nova-iorquino SummerStag­e.

Outros artistas, como Tiê, Ava Rocha, Badi Assad e Rodrigo Amarante, se apresentam em casas de shows da cidade em datas diferentes (veja ao lado) com entradas que variam de 10 a 20 dólares.

Pela primeira vez, haverá também uma noite do evento no Brasil, no dia 23 de junho, na Casa Natura Musical, com Tiê, Xênia França e Negro Leo.

O Brasil Summerfest realizou sua primeira edição no Central Park, em 2011.

Ao longo dos anos, o festival passou a tratar do estilo de vida e da cultura do Brasil no geral, extrapolan­do a cena musical. Assim, passou a promover atividades paralelas, como barracas de comida brasileira e sessões de cinema, por exemplo.

“A ideia era criar uma plataforma para que esses músicos

São Paulo

Brasil Summerfest, com shows de Xênia França, Tiê e Negro Leo. Sáb. (23/6), às 20h (abertura). Casa Natura Musical, r. Artur de Azevedo, 2134, tel. (11) 4003-6860. De R$ 25 a R$ 50. 12 anos; menores entram acompanhad­os dos pais ou responsáve­is. tocassem para um público mais amplo em Nova York”, disse Petrit Pula, 37, criador do Brasil Summerfest.

O americano, que cresceu no Kosovo, se envolveu com a cultura brasileira durante os nove anos que dirigiu o selo independen­te Nublu —desdobrame­nto da casa de shows nova-iorquina de mesmo nome, conhecida no Brasil pelo festival de jazz homônimo.

“Havia muitos talentos no Brasil que não estavam ganhando atenção aqui”, diz ele.

Para Pula, a ideia é que o festival agrade a um público amplo, desde nova-iorquinos a turistas e brasileiro­s residentes na cidade.

Neste ano, serão duas semanas de programaçã­o e 15 bandas convidadas. A organizaçã­o espera um público de 15 mil pessoas.

A curadoria, diz o americano, sofre com os altos custos para levar os artistas ao país. Ele conta que almejava, por exemplo, um show de Gilberto Gil, mas as despesas inviabiliz­aram a empreitada.

Para bancar essa edição, a organizaçã­o recorre a um financiame­nto coletivo. Ao todo, tenta arrecadar US$ 10 mil (cerca de R$ 35 mil), oferecendo aulas de capoeira, almoço com comida brasileira e workshop com Hamilton de Holanda em troca de contribuiç­ões.

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