Academia do Oscar expulsa Cosby e Polanski, acusados de abuso sexual
ILUSTRADA são paulo Na esteira dos protestos contra o assédio sexual em Hollywood, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pela entrega do Oscar, anunciou a expulsão de Bill Cosby e Roman Polanski. As informações foram publicadas pelo jornal USA Today nesta quinta (3).
Cosby e Polanski eram membros da Academia. Em nota, a organização informa que a expulsão de ambos se deu “em atenção aos padrões de conduta” da instituição.
O humorista Bill Cosby, 80, foi condenado por agressão sexual na semana passada e corre o risco de ser sentenciado a até 30 anos de prisão sob a acusação de ter drogado e abusado de uma ex-administradora de equipe de basquete na Filadélfia, em 2004.
Dezenas de outras mulheres também acusam o ator de ter cometido o crime se utilizando do mesmo artifício de drogar as suas vítimas.
Cosby pagou uma fiança de US$ 1 milhão (o equivalente a R$ 3,5 milhões), e deve permanecer em liberdade até o anúncio de sua sentença. Sua saúde está debilitada.
O advogado do ator, Tom Merserau, disse que vai recorrer da decisão do tribunal.
Já Polanski, 84, declarou-se culpado do estupro de uma garota de 13 anos em 1977.
O diretor nascido na Polônia também é alvo de ao menos outras quatro acusações contra mulheres menores de idade, entre elas a atriz Charlotte Lewis. Ele não pode voltar aos Estados Unidos ou corre o risco de ser preso.
Realizador de filmes hoje clássicos, como o terror “O Bebê de Rosemary” (1968) e o noir “Chinatown” (1974), Polanski foi um dos expoentes da geração que deu proeminência ao papel dos diretores em Hollywood nos anos 1960.
O cineasta foi indicado ao Oscar em quatro ocasiões, tendo levado o prêmio de direção por “O Pianista” (2002).
Cosby é um dos maiores símbolos negros no entretenimento. O humorista, que começou a carreira fazendo shows de stand-up na Califórnia, venceu dois prêmios no Globo de Ouro como pai de família na sitcom “The Cosby Show” (1984-1992).