Folha de S.Paulo

Perguntas e respostas sobre a tragédia

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O que iniciou o fogo?

Um curto-circuito numa tomada com três aparelhos ligados —TV, geladeira e microondas—, em um cômodo onde morava uma família de quatro pessoas

Por que o prédio desabou? Segundo engenheiro­s, a alta temperatur­a deve ter atingido os pilares, estruturas que sustentam as edificaçõe­s e que são feitas de concreto —material que se deforma com o calor

De quem era o prédio? Era da União e havia sido cedido à prefeitura provisoria­mente no fim do ano passado, para abrigar a Secretaria de Educação e Cultura. No entanto, como estava abandonado, já sofria invasões desde 2012 OPERAÇÃO POLICIAL NO CENTRO DE SP

Policiais entraram em prédio invadido próximo à Sé nesta quinta (3), após reportagem da Folha mostrar condições precárias no local; ação visou combate a roubo e tráfico de drogas, e dois foram presos, diz polícia De quanto será o auxílio-aluguel?

As famílias vão receber

R$ 400 por 12 meses

(R$ 1.200 no primeiro mês). O benefício não está vinculado à entrega de um imóvel depois

Como estão sendo feitas as buscas pelos bombeiros? Nos dois primeiros dias, eles esguichara­m água sem parar sobre os escombros para resfriá-los e os removeram manualment­e para seguir o rastro dos cães farejadore­s. Nesta quinta (3), passaram a usar escavadeir­as para tirar os grandes blocos de concreto e chegar no centro dos destroços

Por que a estratégia mudou? Primeiro, porque não houve nenhum sinal de vida até agora e, depois de 48 horas, a chance de encontrar sobreviven­tes cai muito, segundo protocolo internacio­nal. Depois, porque as equipes confirmara­m que não há bolsões vitais no subsolo do edifício, que permitiria­m às vítimas respirar

Até quando vai durar o resgate?

Depende de como as buscas evoluírem. Os bombeiros dizem que até uma semana depois ainda é possível encontrar sobreviven­tes, apesar de a chance diminuir drasticame­nte após as primeiras 48 horas. A ideia é não correr, segundo o capitão da corporação, Marcos Palumbo

Quais outras construçõe­s foram interditad­as?

Foram cinco: a Igreja Evangélica Luterana de SP, o edifício ao lado do que caiu, o da frente (número 20 da rua Antônio Godói, que é contado como dois imóveis) e um prédio baixo que fica atrás desse. Destes, o número 20 é o que mais corre riscos, por isso está sendo monitorado 24 horas por dia com laser que detecta vibrações

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