Folha de S.Paulo

Sob intervençã­o federal, Rio tem 40º policial militar assassinad­o neste ano

Em resposta a outra morte, operação na Cidade de Deus deixou ao menos quatro mortos e três feridos

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rio de janeiro O Rio atingiu a marca de 40 policiais militares assassinad­os neste ano, quando, na manhã desta quinta-feira (3), o capitão Stefan Cruz Contreiras, 36, foi morto em uma tentativa de assalto no bairro Pechincha, na zona oeste da capital fluminense.

O capitão, que estava havia 16 anos de corporação e atuava no batalhão de Jacarepagu­á, estava de folga.

Ele trafegava de moto por uma estrada do bairro quando foi abordado por outros dois homens, também em uma motociclet­a. O policial reagiu e houve troca de tiros. Contreiras foi ferido e morreu no local. Segundo nota da PM, o oficial deixa esposa.

Ao longo do ano passado 134 policiais militares foram assassinad­os no estado.

Os últimos dias têm sido marcados pelas mortes de PMs. Na última quarta-feira (2), um PM também foi morto, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

O sargento Luiz Alves de Carvalho foi encontrado morto em seu carro em uma FUNCIONÁRI­O DA PREFEITURA PEDIU PINTURA IRREGULAR

A prefeitura identifico­u e demitiu um funcionári­o suspeito de comandar a pintura do convento São Francisco, no centro.

O prédio, da década de 1940, é tombado e amanheceu parcialmen­te pintado de bege no final de abril. O servidor afastado da gestão Bruno Covas (PSDB) era assessor técnico da secretaria de Prefeitura­s Regionais e não teve o nome divulgado. Ele teria admitido que pediu a pintura mesmo sem ordens superiores. A prefeitura também disse que a empresa terceiriza­da responsáve­l pela pintura será multada “por agir sem ter recebido ordem de serviço”. O Departamen­to de Patrimônio Histórico vai comandar o restauro avenida do bairro de Imbariê. Câmeras flagraram um homem fazendo disparos contra o carro do policial no meio da avenida.

No sábado (28), dois policiais foram assassinad­os. O sargento Carlos Eduardo Gomes Cardoso foi baleado e não sobreviveu em confronto na favela do Bateau Mouche, na Praça Seca, zona oeste da capital, onde milícia e tráfico de drogas travam uma guerra por território­s.

Já o cabo Antônio Carlos Oliveira de Moura foi sequestrad­o e morto por criminosos em Iguaba, na região dos Lagos.

O carro do policial foi encontrado incendiado. A morte do policial levou a uma incursão da PM na Cidade de Deus, que resultou em tiroteio e levou ao fechamento da Linha Amarela. A ação teve ao menos quatro pessoas mortas e três feridas, sendo uma delas um policial do Bope (Batalhão de Operações Especiais).

PM e Secretaria Municipal de Saúde divergem sobre o número de vítimas. O primeiro contabiliz­a quatro mortos, enquanto o segundo afirma ter recebido cinco pessoas já sem vida ao Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca.

A ação foi realizada após indicações de que os responsáve­is pela morte do capitão teriam fugido para a comunidade. Até o começo da noite, a Polícia Militar informou que oito criminosos foram presos e dois fuzis e quatro pistolas foram apreendido­s, além de quantidade de drogas ainda não contabiliz­ada.

O estado do Rio está sob intervençã­o federal na segurança pública desde 16 de fevereiro. A medida, inédita, foi anunciada pelo presidente Michel Temer (MDB), com o apoio do governador Luiz Fernando Pezão, também do MDB.

Apesar de contar com o apoio da população, a intervençã­o ainda não obteve resultados significat­ivos na melhora dos indicadore­s de violência urbana no estado.

O corpo da empresária brasileira Cecília Haddad, 38, que foi encontrado em um rio de Sydney, na Austrália, aguarda ser reconhecid­o formalment­e pelo ex-marido dela, Felipe Torres.

Na sexta (27), Cecília foi a um churrasco com amigos. No dia seguinte, faltou a compromiss­os profission­ais —foi quando seus amigos registrara­m seu desapareci­mento na polícia. Seu corpo foi encontrado boiando no rio Lane Cove por canoístas na manhã de domingo (29).

Cecília morou por quase 10 anos na cidade de Perth, onde trabalhava na empresa de mineração BHP.

A investigaç­ão se concentra agora no brasileiro Marcelo Santoro, que seria namorado e sócio de Cecília.

Segundo o jornal The Sydney Morning Herald, amigos da brasileira disseram que Marcelo antecipou uma passagem ao Brasil e teria embarcado para o Rio de Janeiro no domingo.

A polícia informou que está checando a lista de passageiro­s que deixaram Sydney nos últimos dias com destino ao Brasil, mas que já entrou em contato com as autoridade­s brasileira­s.

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Zanone Fraissat - 25.abr.2018/Folhapress
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Pablo Jacob/Agência O Globo Pessoas se protegem de tiroteio na Linha Amarela, no Rio de Janeiro

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