Folha de S.Paulo

Sem repetir time, Aguirre sofre para achar seu São Paulo

Técnico só repetiu equipe uma vez, mas mudou poucas peças e passou a ter, com Régis, ideia de jogo mais clara

- -Bruno Rodrigues e Luiz Cosenzo

SÃO PAULO ATLÉTICO-MG

19h, Morumbi

Na TV: Pay-per-view

são paulo O torcedor são-paulino talvez tenha dificuldad­e de nomear todo o time titular do técnico Diego Aguirre.

Depois de alguns testes e mudanças, o uruguaio chega ao seu 11º jogo no comando da equipe neste sábado(5), às 19h, contra o Atlético-MG, no Morumbi. Mas desde que assumiu o São Paulo, em março, só repetiu a escalação uma vez.

Foi contra o Corinthian­s, pela semifinal do Campeonato Paulista, mantendo em Itaquera os mesmos jogadores que haviam iniciado a partida anterior, no Morumbi.

Para a série contra o rival, a equipe entrou em campo com Sidão; Militão, Arboleda, Bruno Alves e Reinaldo; Jucilei, Petros e Liziero; Nenê, Marcos Guilherme e Tréllez.

Aguirre escalou 27 atletas diferentes até aqui, mas fazendo poucas trocas nos titulares entre uma partida e outra, tentando encontrar um desenho ao seu gosto.

Esse modelo de jogo passou a mostrar ideias mais claras com a chegada do lateral direito Régis, que veio do São Bento. Com a entrada do jogador no time é que se deu a transforma­ção mais efetiva: a utilização de três zagueiros.

Na estreia da Sul-Americana contra o Rosario Central, Régis foi titular. Pela primeira vez em seis jogos, o técnico testava a linha de três atrás com Arboleda, Rodrigo Caio e Militão. Régis, de caracterís­ticas ofensivas, atuaria como um ala com mais liberdade para subir ao ataque.

O plano, porém, foi por água abaixo logo aos 35 minutos de jogo, quando Rodrigo Caio foi expulso. Régis então foi substituíd­o por Bruno Alves na tentativa de arrumar o sistema defensivo. A mudança surtiu efeito e o time conseguiu segurar o empate em 0 a 0.

Para a partida seguinte, contra o Paraná, Aguirre voltou a escalar o lateral como titular. Militão variou entre terceiro zagueiro e lateral esquerdo.

Na sequência, o técnico só abriu mão dos três zagueiros uma só vez, diante do Ceará, pela segunda rodada do Brasileiro. O que não deve se repetir diante do Atlético-MG.

Para este sábado, o São Paulo deverá ter novamente os três defensores, um padrão que o treinador quer para a equipe. Além disso, um meio campo formado por Jucilei, Liziero e Nenê, nomes frequentes entre os titulares.

Jucilei começou jogando em nove das dez partidas de Aguirre até aqui. Nenê e Liziero começaram em oito delas.

“Ele é um técnico que se adapta aos jogadores que tem. Tínhamos uma equipe base de uns sete jogadores que jogávamos sempre”, diz à Folha o paraguaio Néstor Ortigoza, capitão de Aguirre no San Lorenzo em 2017, o último trabalho do técnico antes de vir ao clube do Morumbi.

A única mudança deve ser o retorno de Reinaldo ao time. Recuperado de lesão, o lateral pode entrar na vaga de Petros. Diego Souza, titular no empate com o Fluminense, deverá ser mantido no ataque.

Com essa base, o comandante uruguaio começa a ver o São Paulo com a sua cara.

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Marcelo D. Sants/Framephoto/Folhapress Aguirre orienta o grupo em treino no CT do São Paulo

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