Tribunal rejeita impugnação da final do Paulista e Palmeiras diz -que irá recorrer
são paulo O presidente do Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD-SP), Antônio Olim, negou nesta sexta-feira (4) o pedido de impugnação da final do Campeonato Paulista feito pelo Palmeiras.
Em despacho, ele alegou que o clube alviverde não cumpriu o prazo de dois dias para protocolar a petição, extinguindo o processo sem o julgamento do mérito.
Com essa decisão, o Palmeiras não tem mais recursos no TJD, mas já adiantou que vai recorrer ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), órgão de instância superior e vinculado à Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
A interpretação de Olim, porém, é que não cabe recurso a mais nenhum tribunal esportivo, porque o Palmeiras já teria perdido o prazo. Segundo ele, o clube deveria ter entrado com o pedido de impugnação até 10 de abril, dois dias depois da final contra o Corinthians, mas só o fez em 25 de abril.
Os advogados do clube, no entanto, argumentam que o inquérito instaurado no TJD para apurar se houve interferência externa na arbitragem da final do Paulista teria interrompido a contagem do prazo e que o Palmeiras, dessa forma, teria agido em tempo hábil para pedir a impugnação.
No despacho, Olim rebateu a posição do clube dizendo que “a instauração de inquérito não tem o condão de interromper o prazo”.
Em nota divulgada pelo TJD, o órgão informa ainda que “não ficou provado após os depoimentos colhidos na segunda (16)” que houve interferência externa na decisão do árbitro Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza de voltar atrás na marcação do pênalti contra o Corinthians, o que levou à reclamação do Palmeiras.
O clube anexou ao processo imagens que mostram um membro da federação paulista com um celular perto do gramado, o que é irregular.