Eleitores de Alckmin
Mensagens para leitor@grupofolha.com.br, al. Barão de Limeira, 425, São Paulo, CEP 01202-900. A Folha se reserva o direito de publicar trechos Os eleitores de Alckmin mostram espontaneidade ao evidenciar deficiências, o que confere legitimidade aos depoimentos deles. No entanto, a reportagem poderia ter avançado na ligação do ex-governador com o Opus Dei e mencionado o fato de ter sido o único candidato da história a ter menos votos no segundo turno que no primeiro, em 2006.
Adilson Roberto Gonçalves (Campinas, SP)
O ministro Aloysio Nunes Ferreira (Relações Exteriores) não foi atingido pela Lava Jato. No âmbito das delações da Odebrecht, o único inquérito aberto relacionado ao chanceler apura doação à sua campanha ao Senado, em 2010, sem conexão com a Operação (“O que pensam os eleitores de Alckmin”, Poder, 6/5).
Luciana Moherdaui, assessora de imprensa do ministro Aloysio Nunes Ferreira (Brasília, DF)
Resposta do editor de Poder, Fábio Zanini - O ministro foi citado por quatro delatores que firmaram acordos de colaboração premiada com a Lava Jato nos últimos anos
Desastre em São Paulo
Ao dar voz e rosto às vítimas da tragédia, a Folha joga uma pá de cal no preconceito daqueles que só querem ver traficantes e viciados nesta população. Suas histórias são tocantes (‘Mãe de gêmeos fez carvão na BA e catou papelão em SP até sumir em incêndio”, Cotidiano, 6/5).
José Marcos Thalenberg (São Paulo, SP)
São lamentáveis as críticas aos exmoradores do edifício Wilton Paes de Almeida, consumido pelas chamas. Mesmo de forma velada, são tratados como se fossem rebotalho da espécie humana. A Constituição diz que todos devem ter direito à moradia. Essas pessoas que muitos chamam de irresponsáveis e até de marginais são vítimas da sociedade e de governos omissos, e que não têm outra opção. Moisés Spiguel (São Paulo, SP)
Noam Chomsky
A ex-ministra da Justiça da Alemanha, Herta Daubler-Gmelin, poderia fazer Helio Schwartsman entender Noam Chomsky (“Ideias verdes incolores”, Opinião, 4/5). O que se questiona são irregularidades nos processos contra Lula. Nas palavras dela: “É escandalosa a atuação do Judiciário contra o ex-presidente. A acusação de abuso para fins políticos não pode ser afastada”. Dagmar Zibas (São Paulo, SP)
O colunista encontrou em um livro do linguista americano, como se fosse a descoberta da América, uma forma de tentar desqualificá-lo como filósofo de esquerda. Incrível como pessoas cultas não enxergam ou procuram não ver a castração política que o Brasil está sofrendo. Nunca votei no Lula ou no PT, mas a hipocrisia dessa gente me fez, aos 76, mudar de posição. José Dieguez (São Carlos, SP)
Ciro Gomes e o PT
Além de dar um recado à presidente do PT (“Ciro diz ter pena de Gleise e que PT faz burrice”, Poder, 5/5), Ciro Gomes mostrou conhecer os problemas fundamentais de nosso país quando afirmou que o Brasil sofre desindustrialização. Por isso temos 13 milhões de desempregados.
João Henrique Rieder (São Paulo, SP)
Morte de brasileira
Uma jovem é morta em Sydney, na Austrália. A jurisprudência local indica prisão perpétua. O suspeito pode ter fugido para o Brasil. Se sim, por ser primário, ter bons antecedentes e endereço fixo, poderá aguardar em liberdade. Aqui, a pena máxima de 30 anos não será cumprida, pois terá progressão de regime. Nossas leis estimulam o cálculo de que o crime compensa (“Polícia australiana procura namorado de empresária brasileira morta em Sydney”, Cotidiano, 3/5). Luiz Roberto da Costa Jr. (Campinas, SP)
Colunistas e educação
O colunista Rodrigo Zeidan (“O melhor dos mundos”, Mercado, 5/5) chama de mito a ideia de que as escolas de 1960 eram melhores que hoje. Fiz ginásio e colégio públicos à época e as escolas eram melhores, sim, com mais estrutura e professores bem pagos. Havia exame de admissão rigoroso, é verdade; hoje, todos podem estudar, mas sem qualidade, e às custas do rebaixamento da profissão de professor. Radoico Câmara Guimarães
(São Paulo, SP)