Perguntas e respostas sobre a tragédia
O que iniciou o fogo?
Um curto-circuito numa tomada com três aparelhos ligados —TV, geladeira e microondas—, em um cômodo onde morava uma família de quatro pessoas
De quem era o prédio? Era da União e havia sido cedido à prefeitura provisoriamente no ano passado, para abrigar a Secretaria de Educação e Cultura. No entanto, como estava abandonado, já sofria invasões desde 2012
Quais outras construções foram interditadas? Cinco imóveis do entorno (quatro prédios e uma igreja). Não foi encontrado risco iminente de colapso, mas eles continuam sendo monitorados, sem previsão de liberação
Os riscos eram conhecidos? Sim. Uma vistoria dos bombeiros em nov.2016, por exemplo, constatou que o prédio não possuía medidas contra incêndio. Em jan.2017, a Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento também indicou que havia instalações elétricas improvisadas
Quem está investigando? A Polícia Civil avalia quem pode ser responsabilizado pelo homicídio culposo (sem intenção), o Ministério Público Federal instaurou um inquérito para apurar a responsabilidade pelo desastre, e o Ministério Público de SP retomou um inquérito civil de 2015
Quem vivia no prédio? Antes de cair, ele era ocupado pelo MLSM (Movimento Social de Luta por Moradia). Segundo a prefeitura, eram 455 moradores de 171 famílias —10% estrangeiros e 38% crianças ou adolescentes
Quantos morreram?
O único corpo encontrado até esta segunda (7) foi o de Ricardo Galvão Pinheiro, o Tatuagem. Oficialmente, outras seis pessoas seguem desaparecidas: a faxineira Eva Barbosa, 42, e seu marido, Valmir Santos; Selma da Silva, 40, e seus filhos Wendel e Wender, 10; e uma pessoa cujo nome não foi informado
Pode haver mais desaparecidos?
Sim, a prefeitura possui uma lista de 49 pessoas que viviam ali, mas que ainda têm o paradeiro incerto. Como a rotatividade no local era alta, é possível que elas nem estivessem mais lá —e que outras tenham entrado
Até quando vai o resgate? Até esta sexta-feira (11), segundo o porta-voz dos bombeiros, Marcos Palumbo
Qual é a situação dos desabrigados?
Parte está acampada no largo do Paissandu e parte foi para outros locais, como abrigos da prefeitura —estas devem receber um auxílioaluguel de R$ 400 por 12 meses (R$ 1.200 no primeiro mês), que não está vinculado à entrega de moradia depois