Crise do clima Tempestades de fogo mataram 115 portugueses em 2017
1 2 u r o R i o D o sidade de Lisboa.
“Para haver fogo, é preciso ter floresta. E essa floresta deve ter condições favoráveis para arder. Isto é, tem de estar seca e em temperaturas elevadas”, diz.
Em Portugal, a diminuição das chuvas, com períodos prolongados de seca em vários anos, é uma das principais manifestações das alterações climáticas. E viria daí o maior fator a contribuir para a ocorrência de incêndios.
“Nesses últimos anos, temos tido várias secas: em 2003, 2005, 2017. E elas vêm coincidir com períodos de mais fogos”, afirma Miranda.
O climatologista afirma que já existem estudos reforçando a correlação entre as mudanças climáticas e a ocorrência de incêndios. Para confirmá-la de vez, entretanto, seria preciso um volume maior de dados.
Os números do IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera), órgão vinculado ao governo, vão nessa direção. O ano de 2017 foi mesmo extremamente quente e seco: a temperatura média do ar ficou cerca de 1,1ºC acima do normal, fazendo dele o segundo ano mais quente desde 1931, atrás apenas de 1997.
Proprietária de uma empresa de obras e serviços ligados à construção civil, a empresária Verónica Fonseca diz viver na pele aquilo que os cientistas descrevem em números.