Pulso ainda pulsa
Num gesto que alivia ao menos parte da pressão sobre Michel Temer e ajuda o governo a fechar as contas de 2018, o presidente do BNDES, Dyogo Oliveira, antecipou o cronograma de pagamento dos R$ 100 bilhões pegos pelo banco em empréstimos com o Tesouro. A decisão foi tomada em reunião com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, na segunda (7). A expectativa era de que o dinheiro só saísse no fim deste ano. Os recursos são vitais para o cumprimento da chamada regra de ouro.
suaves parcelas O BNDES se comprometeu a entregar todo o montante em duas parcelas: a primeira já no mês que vem, junho, e a segunda em julho. Em março, o banco havia devolvido aos cofres da União R$ 30 bilhões, do total de R$ 130 bilhões.
boa hora Sem o dinheiro do BNDES, Temer poderia incorrer em crime de responsabilidade, quebrando a norma que proíbe a contratação de empréstimos para o pagamento de despesas correntes, como salários de servidores.
briga das boas O presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, Alexandre Barreto, quer que o órgão tenha assento na Câmara de Comércio Exterior. Ao levar o pleito ao governo, disse que o Cade poderia até ter função apenas consultiva, mas que era imprescindível acompanhar as arbitragens da Camex.
coisa deles A condenação criminal com trânsito em julgado de um parlamentar não leva à perda automática do mandato. É essa posição que a AGU vai defender no STF, em resposta a manifestação solicitada pelo ministro Luís Roberto Barroso.
como dantes A desistência de Joaquim Barbosa (PSB) de ingressar na corrida presidencial tira a pressão para o desfecho antecipado das conversas pela união do centro em torno de um candidato, reconhecem caciques de diversos partidos. Com a saída do pessebista, as negociações devem se arrastar até julho.
soou como música Apesar da avaliação de que Geraldo Alckmin (PSDB) foi o pré-candidato ao Planalto que mais ganhou com a retirada de Barbosa, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fez questão de exibir bom humor. “Tudo caminhando”, disse ao ser indagado sobre o cenário. “Caminhando e cantando...”
sou de ninguém Líderes de partidos do centro começam a especular sobre a possibilidade de o MDB ficar neutro na disputa presidencial: além de não lançar candidato, a sigla liberaria a formação de palanques nos estados.
A sensação foi disseminada pelo próprio Temer. Na segunda (7), em conversas com dirigentes de legendas aliadas, ele repetiu que não disputará a reeleição num cenário de fragmentação das candidaturas.
Plano B do MDB, Henrique Meirelles vai esticar a corda ao limite. Nesta semana, decidiu ampliar a equipe que cuida de suas redes sociais. Quer começar a mesclar falas sobre economia com outros temas, como saúde, educação e segurança.
A agente que foi afastada da função por não zelar pela segurança de Marcela Temer durante o mergulho da primeira-dama no Lago Paranoá para salvar um cachorrinho da família havia sido transferida de Porto Alegre para Brasília. Na capital gaúcha, prestava serviço para familiares de Dilma Rousseff.