Depois de ofensiva diplomática frustrada, UE tenta salvar pacto

madri Após o recente cortejo de líderes europeus a Washington para tentar dissuadir o presidente Donald Trump de retirar os EUA do acordo nuclear com o Irã se mostrar inócuo, governos do continente se mobilizam para manter o pacto vivo.

Minutos após o discurso do americano, o presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que “o regime de não proliferação nuclear está em jogo”.

Em seguida, divulgou uma nota conjunta com a chanceler alemã, Angela Merkel, e a primeira-ministra britânica, Theresa May:

“Nossos governos seguem comprometidos em garantir que o pacto seja preservado, e trabalharemos com as partes restantes para assegurar ao povo iraniano a continuidade dos benefícios relacionados ao acordo”.

Já o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, disse que “as políticas de Trump vão ser recebidas por uma abordagem unificada europeia”.

Uma das estratégias em discussão é garantir que as empresas europeias que começaram a fazer negócios com Teerã sigam com suas atividades.

Isso pode ser dificultado, porém, pela ameaça de que as sanções econômicas americanas afetem também os países que negociam com o Irã.

Dentro dessa estratégia, a Europa terá também de recrutar Rússia e China para se manterem no pacto, enquanto convence governo e público do Irã das vantagens de não retomar o esforço nuclear, mesmo com a saída americana.