Folha de S.Paulo

Área agrícola vai representa­r 85% da Bayer no Brasil após fusão

- | Lederly

A Receita não tem projeções do impacto da retirada de acidentes de trajeto do cálculo dos valores que as empresas precisam pagar à Previdênci­a.

Um sinistro de itinerário é considerad­o, pelo governo, como uma ocorrência de trabalho. Até 2017, eles eram incluídos na conta de quanto cada empresa devia ao INSS.

Se uma companhia registra muitos acidentes, paga mais. No extremo, o valor dobra.

O Conselho Nacional de Previdênci­a, com base no entendimen­to de que empregador­es não controlam o ambiente externo, decidiu tirar desse cálculo os acidentes que acontecera­m no caminho.

“Já cobramos qual será esse montante, mas não nos deram reposta”, diz Andrea Gato, representa­nte dos aposentado­s no Conselho.

Gato e os conselheir­os ligados aos empregados foram contrários à mudança, sob o argumento de que há acidentes de trajeto causados por excesso de trabalho.

“Para medir esse impacto será preciso extrair do sistema as informaçõe­s sobre acidente de trajeto”, afirma Vanderley Maçaneiro, da Anfip (associação de auditores da Receita Federal).

A diferença para cada empresa será grande se ela tiver índices mais altos que as outras mesmo setor.

Sinistros no caminho têm representa­do porcentage­m crescente de ocorrência­s identifica­das nos últimos anos, de acordo com a Previdênci­a foram 23% do total em 2016.

Antes da mudança, as empresas já tentavam impugnar cobranças cujo cálculo continham esses acidentes, diz Rodrigo Campos, do Demarest.

“Nunca entendemos que ocorrência durante o percurso pudesse ser considerad­a [no cálculo], porque a ideia é gerenciar o risco dentro do seu próprio local de trabalho.” A divisão agrícola passará a representa­r 85% da operação da Bayer no Brasil —45% no mundo— após a conclusão da compra da Monsanto, afirma Gerhard Bohne, diretor interino de operações no país.

As partes aguardam a aprovação final do órgão regulador nos Estados Unidos e de alguns mercados menores, como México e Canadá.

A aquisição, de US$ 66 bilhões (R$ 235 bilhões no câmbio atual), terá como contrapart­ida a venda de € 7 bilhões (R$ 30 bilhões) em ativos, entre eles a divisão de sementes e de agricultur­a de precisão.

Um dos ajustes que precisaram ser realizados internamen­te foi a redução do nível de estoques da companhia, segundo o executivo.

“Os resultados foram muito negativos no Brasil em 2017. Não só na área agrícola, afetamos a Bayer inteira. O prejuízo aumentou drasticame­nte porque reduzimos vendas para ter menos estoque.”

“Hoje estamos em um nível saudável, o que equivale sotaque EUA e Reino Unido são os maiores destinos de móveis do país. Suas compras subiram respectiva­mente 20% e 10% no primeiro quadrimest­re. a ter produto para dois ou três meses nas distribuid­oras. Nós estávamos com capacidade para cerca de um ano [de fornecimen­to]”, afirma o executivo.

(R$ 972 milhões) foi a receita da área agrícola na América Latina no 1º tri.

são os funcionári­os no Brasil liquidez A Fulpel, que vende copos biodegradá­veis, vai investir R$ 4 milhões em duas máquinas para aumentar sua capacidade de produção.

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Karime Xavier/Folhapress Gerhard Bohne, diretor da divisão agrícola da Bayer no Brasil
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