Folha de S.Paulo

São Paulo precisa de vitória para avançar

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Paulo tem como time grande. Enquanto eu analisava a proposta do São Paulo, assistia aos jogos do clube. Não gosto de falar de outro treinador, mas sinto que do dia em que começamos a trabalhar até agora, estamos melhor. Sinto sinceramen­te que estamos no caminho de lutar por um título importante.

Já vê o São Paulo com a intensidad­e que gosta em seus times?

Está evoluindo. Não é de um dia para o outro. Para pedir intensidad­e, tem de trabalhar de forma intensa. Não tivemos tempo para poder fazer tudo o que gostaríamo­s, mas nos treinos os jogadores estão aceitando muito bem nossa proposta. São treinos intensos. Curtos e intensos. Nós cobramos e exigimos isso. Se não vai treinar de maneira intensa, não treina.

O que é necessário para a equipe evoluir?

A fase ofensiva. Temos que fazer mais gols, melhorar a finalizaçã­o, porque temos tido algumas oportunida­des para vencer e não acertamos. Exigimos e queremos o São Paulo protagonis­ta. Tem que defender bem e, quando tiver a bola, buscar o jogo. Vamos ter uma melhora nos próximos jogos.

O clube sagrou-se tricampeão brasileiro com o esquema de três zagueiros. Será um padrão na sua equipe?

Sim, é o ideal para o São Paulo, que possui cinco zagueiros de alto nível [Rodrigo Caio, Arboleda, Bruno Alves, Militão e Anderson Martins]. Eu me adaptei aos jogadores. Também tem uma história no clube de ganhar muitos títulos jogando dessa forma. A torcida gosta. São esses fatores que nos fizeram jogar desta forma. Mas não significa que vai ser sempre assim. É um padrão de jogo que estamos tentando melhorar e fazer dar certo.

O objetivo do São Paulo é o título da Sul-Americana?

Não podemos priorizar um sobre outro. Eu não posso falar que quero a Sul-Americana e não o Brasileiro. Vamos ser protagonis­tas e tentar ganhar os dois. Temos de pensar assim. Um título seria maravilhos­o, mas ainda é muito cedo para falar disso. Temos de tentar avançar passo a passo.

O São Paulo briga em que parte da tabela no Brasileiro?

Na parte de cima. Sinceramen­te, não posso pensar outra coisa. O São Paulo tem de ser protagonis­ta e não passa pela minha cabeça outra coisa que não seja isso.

O Diego Souza foi um dos principais investimen­tos do São Paulo para esta temporada. Como pretende utilizálo?

Quando o São Paulo foi procurá-lo, o procurou como centroavan­te. Tite o convocou como centroavan­te para a seleção. Imagino que ele tinha outras opções. Eu o quero como centroavan­te. Falei com ele, perguntei como se sente, e ele disse: “tudo bem, posso jogar de centroavan­te”. Hoje, ele é centroavan­te. No futuro, talvez, possa jogar em outra posição. Sinto que ele es- tá pegando essa chance com responsabi­lidade, sentindo que pode ajudar o time.

Como vê o elenco atualmente?

Está bem servido em todas as posições, mas está muito grande e precisamos reduzir o número de atletas. Talvez o lado mais ingrato seja colocar somente 11 jogadores em campo. Segurament­e vários que estão no banco merecem tanto quanto os que estão jogando. Se perdermos alguém [em uma negociação], aí vamos ver. Dependendo de quem for, teremos que buscar reposições. Mas não podemos falar sobre isso enquanto não acontece. Qualquer time do mundo pode pegar jogadores do São Paulo. Temos de estar prontos para buscar outros.

Neste ano, o clube promoveu muitos atletas da base, mas nem todos se firmaram. Eles não estão prontos?

Tem de ter cuidado quando se fala dos garotos da base. Tem um processo de amadurecim­ento. Liziero já com 20 anos está pronto. Ainda pode ser um pouco irregular, mas está pronto. É um jogador do time titular. O Militão também, com 20 anos. Se você traz um menino de 17 anos, é normal que não esteja pronto ainda. Temos de ajudar. Até o treino é em outro nível. Nosso principal cuidado é protegê-los, não colocar em campo e isso se tornar uma coisa prejudicia­l. Temos de ter paciência e dar as oportunida­des na hora certa, para que aproveitem e se destaquem.

Em 2017, o Rogério Ceni promoveu o Brenner com 17 anos. Foi uma decisão prematura?

Eu não falo isso porque as decisões são tomadas por alguma razão. Ele precisa trabalhar, competir, jogar futebol todos os fins de semana. Às vezes, aqui, temos muitos jogadores, e não podemos dar essa chance. E é bom se o menino tiver uma competição no sub-20. São jogadores do time principal, mas têm de continuar melhorando.

Qual a chance do Uruguai na Copa? Quem são os favoritos?

Talvez seja a primeira vez que o Uruguai chega forte e candidato a fazer uma boa Copa. Se chegar a uma semifinal, seria excelente. Todos os jogadores são titulares em times importante­s da Europa. Os principais candidatos ao título são Alemanha, França, Espanha e Brasil. O São Paulo enfrenta o Rosario Central nesta quarta (9), às 21h45 (com Globo), no Morumbi, pela partida de volta da Copa Sul-Americana. Como empatou o primeiro jogo por 0 a 0, a equipe tricolor precisa de uma vitória simples para avançar no torneio. Empate com gols classifica o time argentino. Expulso na primeira partida, Rodrigo Caio desfalca o time.

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