Folha de S.Paulo

Spotify censura rapper após acusações de estupro

- Rafael Gregorio

O Spotify anunciou nesta quinta (10) que vai remover o cantor R. Kelly de seus algoritmos e de suas playlists.

A empresa não creditou diretament­e a decisão de censurar o músico às muitas acusações de abuso sexual, estupro e pedofilia que recaem contra ele, mas afirmou que Kelly não se adequa à “nova política sobre condutas e conteúdo” da plataforma.

“Nós não censuramos conteúdo por causa das atitudes de um artista ou compositor, mas queremos que nossas decisões editoriais —aquilo que escolhemos programar e divulgar— reflitam nossos valores”, afirmou um portavoz do Spotify.

Segundo o serviço de streaming, as músicas de R. Kelly não mais serão objeto de promoções, mas continuarã­o disponívei­s na plataforma.

Uma eventual extensão desse tipo de medida poderia afetar dezenas, senão centenas de outros artistas no mundo que são alvos de denúncias semelhante­s.

R. Kelly é um dos maiores nomes do rap e do rhythm and blues nos EUA desde o fim dos anos 1990.

Há mais de 15 anos, contudo, Kelly tem sido alvo de diversas acusações de assédio sexual, estupro e pedofilia por parte de ex-namoradas e outras mulheres.

Na mais recente, uma exnamorada, chamada Kitti Jones, relatou que o rapper mantém adolescent­es em um cativeiro sexual. Entre essas prisioneir­as estaria uma jovem de 14 anos que, segundo ela, recebia “treinament­os” para atender aos desejos sexuais do músico.

À época da publicação, o rapper negou “inequivoca­mente” as acusações.

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Bill Cosby e Roman Polanski no início de maio.
Frank Micelotta/Invision/Associated Press O rapper R. Kelly A Academia de Artes e Ciências Cinematogr­áficas, responsáve­l pelo Oscar, anunciou a expulsão de Bill Cosby e Roman Polanski no início de maio.

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