Spotify censura rapper após acusações de estupro
O Spotify anunciou nesta quinta (10) que vai remover o cantor R. Kelly de seus algoritmos e de suas playlists.
A empresa não creditou diretamente a decisão de censurar o músico às muitas acusações de abuso sexual, estupro e pedofilia que recaem contra ele, mas afirmou que Kelly não se adequa à “nova política sobre condutas e conteúdo” da plataforma.
“Nós não censuramos conteúdo por causa das atitudes de um artista ou compositor, mas queremos que nossas decisões editoriais —aquilo que escolhemos programar e divulgar— reflitam nossos valores”, afirmou um portavoz do Spotify.
Segundo o serviço de streaming, as músicas de R. Kelly não mais serão objeto de promoções, mas continuarão disponíveis na plataforma.
Uma eventual extensão desse tipo de medida poderia afetar dezenas, senão centenas de outros artistas no mundo que são alvos de denúncias semelhantes.
R. Kelly é um dos maiores nomes do rap e do rhythm and blues nos EUA desde o fim dos anos 1990.
Há mais de 15 anos, contudo, Kelly tem sido alvo de diversas acusações de assédio sexual, estupro e pedofilia por parte de ex-namoradas e outras mulheres.
Na mais recente, uma exnamorada, chamada Kitti Jones, relatou que o rapper mantém adolescentes em um cativeiro sexual. Entre essas prisioneiras estaria uma jovem de 14 anos que, segundo ela, recebia “treinamentos” para atender aos desejos sexuais do músico.
À época da publicação, o rapper negou “inequivocamente” as acusações.