Folha de S.Paulo

Itaú reduz de 3% para 2% estimativa para o PIB em 2018

- -Vinicius Torres Freire Com a Reuters O colunista está em férias

são paulo O Brasil deve crescer neste ano bem menos do que o previsto, segundo economista­s do Itaú. A alta do PIB deve ser de 2%, em vez dos 3% anteriorme­nte estimados pelo departamen­to de pesquisa macroeconô­mica do banco.

No “mercado”, ainda se estima cresciment­o de 2,7% para (trata-se da mediana das previsões mais recentes das estimativa­s privadas compiladas todas as semanas pelo BC e publicadas no boletim Focus).

Os economista­s atribuem a revisão de perspectiv­as à perda de ritmo da economia no primeiro trimestre e a dúvidas maiores sobre as reformas.

Há “fraqueza disseminad­a na indústria”. O ritmo de recuperaçã­o do emprego frustrou estimativa­s; a taxa de desemprego deve ser maior do que a antes prevista no fim deste 2018. Fatores da melhoria modesta da economia em 2017 desaparece­ram.

“O PIB do primeiro trimestre é o mais importante do ano. Se começa com ele fraco, fica mais difícil atingir números mais pujantes”, disse o economista-chefe do Itaú Unibanco, Mário Mesquita.

“O indicador de demanda doméstica também arrefeceu, com os fatores momentâneo­s que sustentara­m o consumo em 2017 (alta real dos salários durante a queda da inflação, aumento da ocupação informal e saque do FGTS) perden- Cai expectativ­a para o cresciment­o do PIB em 2018

Revisão do cresciment­o da economia é atribuída à perda de ritmo no 1º trimestre e a dúvidas maiores sobre o futuro das reformas 2,69 5.jan

2,9 2,7% 4.mai

é a estimativa do FMI para o cresciment­o do Brasil em 2018 é a estimativa do BC contida no Relatório de Inflação publicado em março é a estimativa do Itaú do efeito, e a criação de empregos formais, que deveria ser o principal fator para novas altas da massa salarial real em 2018, desacelera­ndo”, escreveram os economista­s em relatório divulgado nesta sexta (11).

A desvaloriz­ação do real tende a prejudicar a recuperaçã­o, no curto prazo, na opinião dos economista­s do Itaú, que também revisaram suas estimativa­s para o dólar. Previam taxa de câmbio de R$ 3,25 para o fim do ano, projeção revisada hoje para R$ 3,50 por dólar.

A previsão para o cresciment­o de 2019 também foi rebaixada, de 3,7% para 2,8%.

Também nesta sexta, o IBGE divulgou que as vendas no varejo registrara­m o melhor resultado para março em cinco anos, encerrando o primeiro trimestre com ganho de 0,7%, mas ainda indicando oscilações no desempenho da economia no início do ano.

As vendas subiram 0,3% em março sobre o mês anterior.

Entretanto o início do ano foi marcado por irregulari­dade, após queda de 0,2% em fevereiro e alta de 0,9% em janeiro.

“O varejo mantém um processo de volatilida­de, e isso tem a ver com o ritmo lento e gradual da atividade econômica. O comércio está na mesma velocidade da economia em geral”, afirmou a economista do IBGE Isabella Nunes.

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