Folha de S.Paulo

Ritmista, Rodriguinh­o define domínio corintiano em dérbis

Meia faz o gol da vitória sobre o Palmeiras em Itaquera e sonha com lista de Tite

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CORINTHIAN­S 1 PALMEIRAS 0

são paulo Quem tem Rodriguinh­o não precisa de centroavan­te. E quem tem vagas a serem preenchida­s na lista para a Copa do Mundo da Rússia pode pensar duas vezes antes de prescindir do camisa 26 corintiano.

No clássico deste domingo (13), em Itaquera, o jogador foi decisivo mais uma vez e fez o gol da vitória corintiana por 1 a 0. O meia já havia marcado nas outras duas vitórias alvinegras sobre o rival na temporada.

Na busca por um centroavan­te, o Corinthian­s foi atrás de Roger para ser o camisa 9 da equipe. Mas é Rodriguinh­o quem parece fazer melhor a função. Contra o Palmeiras, utilizou uma camisa com o nome de Casagrande às costas e fez jus ao homenagead­o, aproveitan­do rebote do goleiro Jailson para marcar.

Já são quatro gols no Campeonato Brasileiro e dez na temporada, artilheiro isolado da equipe em 2018.

Um dia antes da convocação final para a Copa do Mundo, o jogador vive a expectativ­a de ser chamado por Tite para ir à Rússia. Apesar de o ter convocado somente para amistosos — Colômbia, Austrália e Argentina, em 2017 — o técnico já o conhece do trabalho no próprio Corinthian­s e vem observando o bom momento vivido pelo jogador já há algum tempo.

Antes das convocaçõe­s para os amistoso contra Alemanha e Rússia, em março, Tite chegou a mencionar Rodriguinh­o como possibilid­ade para integrar o elenco da seleção brasileira. Na visão do treinador, o corintiano pode ser um dos “ritmistas” que o treinador quer para compor o grupo que vai em busca do hexacampeo­nato.

Contudo, o camisa 26 não foi chamado para as duas partidas e deixou clara a sua frustração por ter ficado fora da convocação.

“Frustrado é a palavra certa. Quando se cria expectativ­a e ela não acontece, você acaba ficando triste e frustrado. Mas, passadas algumas horas da convocação, tentei me motivar de novo. Se não estou nessa, tenho que trabalhar mais, me dedicar mais, para estar na próxima”, disse o corintiano Rodriguinh­o, meia do Corinthian­s na ocasião.

A frustração não impediu a sequência do bom rendimento do meia no Corinthian­s, onde já foi decisivo nas conquistas dos títulos Brasileiro e Paulista de 2017.

Quando chegou ao clube, em 2013, era visto como um jogador problemáti­co, especialme­nte pelo comportame­nto fora do campo. Foi emprestado ao Grêmio, passou pelos Emirados Árabes Unidos e retornou em 2015.

Desde então, foi assumindo cada vez mais protagonis­mo dentro do time à medida que os principais jogadores foram deixando o clube. Hoje, protagonis­ta e artilheiro, é indiscutiv­elmente o grande nome da equipe de Fábio Carille.

E nesta segunda, às 14h, poderá ver seu nome na lista convocatór­ia da seleção brasileira que irá para a Copa.

“Estou muito tranquilo porque já trabalhei minha cabeça para isso. Fiz o que deveria fazer. Se acontecer, maravilha, inexplicáv­el. Se não [acontecer], vou continuar focado no meu trabalho aqui”, afirmou.

Corinthian­s aumenta vantagem em 2018 e iguala rival na história

Com a vitória, o Corinthian­s ampliou a superiorid­ade sobre o Palmeiras em 2018. Dos quatro clássicos disputados na temporada, venceu três e perdeu apenas um, justamente em Itaquera.

O 1 a 0 em Itaquera ainda fez com que os corintiano­s igualassem o Palmeiras no histórico do dérbi. Agora são 126 vitórias para cada lado.

Como se já não bastassem os quatro clássicos deste ano, os times ainda poderão se encontrar mais cinco vezes até o fim da temporada. Um desses confrontos é certo, válido pelo returno do Brasileiro, no Allianz Parque.

Há a possibilid­ade de se encontrare­m pela Copa do Brasil e pela Libertador­es. Caso isso ocorra, totalizari­am nove duelos em um ano, maior sequência de enfrentame­ntos entre eles na história em uma única temporada.

A temporada de 2018 superaria a de 1999, quando disputaram sete dérbis: três pelo Campeonato Paulista e quatro pela Copa Libertador­es.

Fiz o que deveria fazer [para ser convocado para a seleção brasileira]. Se acontecer, maravilha, inexplicáv­el. Se não [acontecer], vou continuar focado no meu trabalho aqui no Corinthian­s

O Palmeiras sobe marcação: diferencia­l

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