Corinthians usa drible de Pedrinho e mostra ser melhor
O Palmeiras estava melhor no jogo até os 38 min, quando Pedrinho, 20 anos, driblou dois jogadores, Bruno Henrique e Thiago Santos, com um único toque na bola. Desconcertante. O drible, pouco usual no futebol brasileiro de hoje, iniciou a jogada que chegou a Maycon e dali para Rodriguinho fazer o único gol do dérbi.
O Palmeiras marcava no campo de ataque. Avançava a marcação. Não fazia um arrastão para desarmar no campo de ataque, mas complicava o Corinthians. Dezenove desarmes na primeira etapa, um terço no campo de ataque.
No segundo tempo do clássico, o Corinthians cresceu. Sempre conduzido pelo drible de Pedrinho, pela capacidade de pressionar no campo de ataque. Jogo insosso até outro drible de Pedrinho que iniciou jogada de perigo para o Corinthians.
AnovidadedoBrasileiroéPedrinho. O drible, a capacidade de entrar nas defesas adversárias, de transformar jogos. Seu drible entre dois jogadores do Palmeiras foi a fronteira entre a superioridade palmeirense e a vitória corintiana.
O Corinthians segue seu ritmo. O clássico é mais um jogo. Para o Palmeiras, o risco é transformar os dérbis em vida ou morte. Não é bom perder para o maior rival, mas é importante entender que o campeonato é mais importante do que um domingo.
O Palmeiras está crescendo e precisa entender por que bate na trave no jogo grande. Na trave, literalmente. Foram três contra o Corinthians, em Itaquera. Uma de Thiago Santos, uma de Bruno Henrique e outra de Antônio Carlos.
Mesmo com três bolas na trave palmeirenses, impossível dizer que o Palmeiras foi melhor. Não foi. O Corinthians
Drible de Pedrinho: é segurança. Meio de campo protegido, pouco risco de finalizações frente a frente com Cássio. E muita certeza quando chega ao ataque.
É diferente do time do ano passado, que não perdia. Este perde muito mais, o que diminuiu a garantia de que vencerá o Brasileiro. Mas chega à quinta rodada na mesma pontuação do líder e mostrando a mesma força do ano passado.
Maycon jogou demais outra vez e deu o passe para o gol de Rodriguinho, discreto mas decisivo. Pedrinho foi a diferença por dar a agressividade em vários momentos que faltavam para o Corinthians do ano passado. O drible transforma.
No futebol atual, criar espaço é fundamental. O drible resolve isso, mas conseguir fazê-lo quando se está no um contra um faz toda a diferença. Pedrinho mostrou que sabe fazer diferente. Dribla com um contra dois, dois contra três, em superioridade numérica ou não.
A quinta rodada normalmente não indica o campeão. Em 2017, foi justamente o momento em que Carille viu seu time pela primeira vez ficar com o número 1 à frente do nome de seu clube na tabela de classificação. Dali para a frente, estava claro que seria campeão.
O Corinthians segue com a mesma força, apesar de ter mais derrotas do que há um ano. Se perder mais fora de casa correrá mais riscos, porque Palmeiras, Flamengo e Grêmio também estão muito fortes. O Brasileiro será melhor no segundo semestre do que foi no ano passado.
O clássico podia ser o terceiro turno da decisão do Paulista. O Corinthians ganhou três dos quatro clássicos deste ano. Demonstra sua superioridade.
o gol nasceu assim