Escola onde mãe PM matou ladrão tem reforço da polícia e equipe de psicólogos
FRENTE FRIA CHEGA À REGIÃO SUL
Há risco de temporais no RS, PR e em SC. Também chove na faixa litorânea que vai do ES à PB, e entre oACeoAP. Tempo seco no Centro-Oeste
Em Suzano, na Grande SP, escola particular palco de assalto recebeu reforço policial nesta segunda-feira suzano A neta do aposentado Nicanor de Paula, 60, não foi para a escola na manhã desta segunda-feira (14). Dois dias antes, a menina de 5 anos cumprimentava o porteiro do colégio Ferreira Master, em Suzano (na Grande São Paulo), quando um assaltante apareceu armado. Era véspera do Dia das Mães, e as imagens da tentativa de assalto foram assunto nas redes sociais no final de semana.
Antes de o ladrão ser alvejado por três tiros por uma PM que estava de folga e levava a filha à escola, a menina saiu correndo assustada e se escondeu atrás de uma caçamba ao lado da mãe.
“Temos evitado o assunto em casa. Quando ela começa a contar, falamos de outra coisa para ver se ela esquece”, diz o avô. A menina foi passar o dia na casa de um parente “para quebrar a rotina”.
Assim como o aposentado, os professores da escola particular decidiram seguir a mesma estratégia para ajudar as crianças a lidar com a cena.
No início das aulas nesta segunda, invariavelmente, o caso era tema de conversas entre os alunos do ensino fundamental. Professores foram orientados a cortar o assunto e argumentar que, quanto menos se falar, mais fácil esquecer o que aconteceu.
A direção da escola diz que pediu reforço no policiamento, mas informou aos pais que a PM se negou a deixar um carro em frente ao portão por falta de veículos disponíveis.
A PM nega ter recebido pedido do colégio, mas diz que disponibilizou uma viatura que ficará em horários estratégicos no local. Um carro da polícia passou três vezes em frente à escola no horário de entrada e saída de alunos, no fim da manhã desta segunda.
Seguranças particulares foram
contratados e montaram guarda na esquina, e psicólogos também foram acionados para conversar com as crianças. Técnicos de uma empresa de segurança para instalaram monitores de vigilância.
Apesar das mudanças na rotina, os pais tentavam manter a normalidade ao levar as crianças para a aula. “Mostrei o vídeo para minha filha saber que a violência existe e não é exagero de mãe”, diz a servidora pública Rita Canton, 44, sobre a conversa que teve com a filha de 9 anos sobre o assalto.
A técnica de enfermagem Marta Arcangelo, 33, preferiu buscar o filho de 12 anos na escola, em vez de deixá-lo voltar para casa sozinho de ônibus, como está acostumado. “Pedi licença no trabalho nesta semana para poder buscálo pelo menos nesta semana.”