Em recuperação, antiga Manguinhos quer aporte para manter operação
Em recuperação judicial, com dívidas tributárias e envolvida em processos, a Refinaria de Manguinhos, hoje chamada Refit, planeja investir R$ 300 milhões para viabilizar a continuidade de seu negócio.
O aporte será feito para diversificar a produção em sua planta no Rio, diz o presidente do grupo, Cristiano Moreira, que está em Houston, nos Estados Unidos, para conversar com possíveis investidores.
“Trocaremosomontantepor um contrato de fornecimento de matéria-prima”, diz ele.
“Não conseguiríamos financiamento no mercado financeiro devido à recuperação judicial e às questões tributárias.”
As conversas estão em estágio inicial, mas a companhia considera a modernização da planta crucial para mantê-la em funcionamento.
Com um patrimônio líquido negativo em torno de R$ 2,3 bilhões e quase R$ 2,8 bilhões de dívida segundo os dados mais recentes, que vão até o terceiro trimestre de 2017, a refinaria busca entrar em segmentos como o de diesel e naftas.
“A partir daí, mudaremos nossa produção, hoje focada em gasolina, muito sensível a preço e voltada para um mercado dominado pela Petrobras”, diz Moreira.
“Não enxergo hoje a possibilidade de não executarmos [o plano de investimento]. Mais cedo ou mais tarde terá que acontecer. O modelo de negócio para o futuro é esse.”