Conselheiro Acácio
Sérgio Rodrigues exibe raro espírito em sua crônica (“Somos acacianos”, Cotidiano, 17/5). Ele foi inteligente e preciso na análise da forma de viver e da expressão verbal de nossos políticos e juízes, com suas frases pernósticas. Faltou só dizer que o acacianismo é prática muito querida do jornalismo brasileiro. Clarilton Ribas, professor da UFSC (Florianópolis, SC)
Marcelo Miller
Ao contrário do que afirma o editorial da Folha desta sexta-feira, dia 18, nunca estive, de nenhuma forma ou por qualquer meio, na folha de pagamentos da JBS ou de empresa alguma do grupo J&F. Ressalto que nunca recebi nenhum valor proveniente da J&F ou de quem quer que seja pela atividade preparatória da advocacia que viria a exercer, em escritório, em favor daquela empresa. Já havia pedido exoneração do MPF, com ampla divulgação interna, quando iniciei esses preparativos. Marcello Miller, advogado
(Rio de Janeiro, RJ)
Diferentemente do que diz o editorial “Sobreviventes” (18/5), o advogado Marcello Miller nunca “passou à folha de pagamentos” de qualquer empresa do Grupo J&F. Ele foi sócio do Trench, Rossi e Watanabe, contratado pela holding. O escritório é coligado ao Baker&McKenzie nos EUA e ambos estão sendo processados pela J&F por negligência profissional por terem abandonado o cliente quando surgiram eventuais dúvidas sobre a contratação de Miller pelo TRW e pelo fato de o terem inserido na equipe que atuou para a holding.
Safatle tece suas considerações acerca das ações do Estado de Israel contra a população palestina. Porém, esqueceu-se de mencionar uma única palavra: Hamas. Rubem P. Hoffmann Jr.
Você ouviu Yanni ou Laurel?
Ouvi Laurel e isso não deveria provocar um ponto de discórdia (“Eu ouvi Yanni”, de Hélio Schwartsman, Opinião, 18/5). Há vários experimentos que demonstram como nossos sentidos interferem no desvelamento da realidade, inclusive na interpretação que fazemos dela. Não é possível impor “minha verdade” ao outro, se ele só consegue ouvir Yanni, embora eu ouça Laurel. Da mesma forma que ao me fixar na “minha verdade” perco a oportunidade de conhecer outras dimensões da mesma realidade. Ângela Luiza S. Bonacci (Pindamonhangaba, SP)
Prisão após 2ª instância
A questão da prisão após segunda instância tem contornos singelos (“Prendam-nos todos!”, Tendências / Debates, 18/5). Com a ratificação de condenação em segundo grau, não há mais presunção de inocência e aí o sujeito vai automaticamente para a cadeia. Erros sempre podem ocorrer, e as revisões criminais e recursos estão aí para corrigi-los. Isso não macula a Constituição porque ela não define o que é “trânsito em julgado”. Valdir S. Queiroz Junior (São Paulo, SP)
Governo Temer
Responder à pergunta que encima o texto de Roberto Dias não é difícil (“O crime não compensa?”, Opinião, 17/5). Diante dos fatos ligados ao governo Temer, tão bem relatados por ele, a resposta só pode ser afirmativa. Lamentavelmente! José Elias Aiex Neto (Foz do Iguaçu, PR)
No Painel do Leitor da edição desta sexta-feira (18) da Folha ,ocolunista Bruno Boghossian, que já não leu a seção Erramos do seu jornal, demonstra que não lê sua própria coluna. Ele contradiz na edição de quinta (17) a conclusão de seu jornal sobre o episódio e insiste na versão não comprovada do diálogo do presidente Michel Temer com o delator da JBS.
Márcio de Freitas, secretário especial de Comunicação Social da Presidência da República