Folha de S.Paulo

Ronaldo,

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A Copa do México é um marco para a indústria. A chamada “era dos patrocínio­s” colocam os irmãos Dassler em disputa pelos principais jogadores da época. Adi (Adidas) patrocina o alemão Beckenbaue­r e Rudolph (Puma) firma acordo com Pelé Na Espanha, desfila pelos gramados o modelo Copa Mundial, produzido pela Adidas. A maior novidade está nas travas de poliuretan­o, que deixa a chuteira mais leve, com 270 g A Adidas vê a Nike apostar forte no mercado de chuteiras durante a Copa na França. O modelo Mercurial, da marca americana, pesa 200 g, tem travas que fogem do tradiciona­l formato redondo e várias opções de cores. da seleção brasileira, é um dos patrocinad­os da gigante de materiais esportivos são paulo As chuteiras passaram por grandes transforma­ções desde os primórdios do futebol. Do aspecto antiquado de botina, na cor preta e com cerca de meio quilo, às modernas “sapatilhas” coloridas com míseras 180 gramas.

Intimament­e ligadas às evoluções no calçado estão as Copas do Mundo de futebol.

Também é impossível não relacionar as mudanças do equipament­o aos alemães Adolf (1900-1978) e Rudolf Dassler (1896-1974), fundadores, respectiva­mente, das empresas Adidas e Puma.

Na Copa de 1930, disputada no Uruguai, os irmãos, ainda trabalhand­o juntos, inovaram com modelos com tornozelos mais baixos e travas diferentes para cada tipo de terreno.

Adi, como Adolf era conhecido, foi o responsáve­l pelo o que a Adidas considera ser sua maior revolução na área: a chuteira com trava removível.

De acordo com a empresa, a tecnologia foi importante na vitória da seleção da Alemanha Ocidental sobre a Hungria do craque Puskás na final do Mundial de 1954, na Suíça.

Na primeira fase da Copa, os húngaros golearam os alemães por 8 a 3. Na final, em um campo encharcado pela chuva, as equipes empatavam em 2 a 2 no intervalo.

Adi trocou as travas das chuteiras da equipe alemã, dando maior estabilida­de aos atletas, enquanto os húngaros, mais técnicos, sofriam para manter o equilíbrio. Resultado: vitória alemã por 3 a 2.

A Copa do Mundo do México, em 1970, marcou uma grande disputa comercial entre os irmãos Dassler, que buscavam craques para estampar suas marcas. Pelé foi o grande trunfo da Puma, já que boa parte dos jogadores do Brasil era patrocinad­a pela Adidas.

No entanto, Tostão, colunista da Folha e companheir­o de Pelé no Mundial, afirma que o camisa 10 da seleção usou a chuteira da Adidas transvesti­da de Puma, por considerar o modelo da primeira marca mais confortáve­l.

Ao longo dos anos, mudanças como a troca do couro de

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