Francisco Piyãko
O fotógrafo Sebastião Salgado trabalha atualmente em um projeto sobre a Amazônia, a ser divulgado em livro e exposições a partir de 2021. Conhecido no mundo por reportagens de documentação construídas ao longo de anos, como “Trabalhadores”, “Êxodos” e “Gênesis”, ele agora se dedica a comunidades indígenas que habitam a maior floresta do planeta.
A Folha acompanha as expedições do projeto e antecipa parte do conteúdo nesta série de reportagens especiais, como as que resultaram no caderno sobre os korubos, em 2017 (veja em folha.com/salgado), e sobre os ashaninkas, tema desta edição.
Economista por formação, radicado na França durante a ditadura, Salgado iniciou-se na fotografia nos anos 1970. Trabalhou na prestigiosa agência Magnum, fundada por Robert Capa e Cartier-Bresson. Desde os anos 1990, mantém sua própria agência, Amazonas Images, em Paris.
Reconhecido como um dos maiores nomes da fotografia internacional, recebeu vários prêmios. Suas obras estão presentes em importantes coleções e museus do mundo.
Desde dezembro, ele integra a Academia Francesa de Belas Artes, maior reconhecimento do governo e da comunidade artística francesa a um criador. É o primeiro brasileiro a ocupar essa posição no Institut de France, que reúne as cinco grandes academias francesas.