Folha de S.Paulo

Educação fundamenta­l

- (São Paulo, SP) (Bauru, SP) presidente da seção de São Paulo da Internatio­nal Police Associatio­n (São Paulo, SP)

Belíssimo e muito importante o caderno. Fotos que, além de belas, têm um sentido antropológ­ico, e texto excelente de Leão Serva. Parabéns.

Mouzar Benedito

Depoimento da filha de Temer

O que depreendem­os do texto é a desfaçatez com que Maristela respondeu às perguntas da Polícia Federal ao afirmar que foi seu pai, Michel Temer, quem indicou o coronel Lima para ajudar na reforma da casa dela. E mais: não tinha comprovant­e dos valores pagos nem os nomes dos prestadore­s dos serviços efetuados. Nós temos de conviver com essas deslavadas e engendrada­s omissões de fatos de origem duvidosa (“Filha de Temer afirma que pai indicou amigo investigad­o para ajudar em obra”, Poder, 19/5).

Helio de Almeida Rocha (Piracicaba, SP)

Ritmo da Justiça

O fato de o Tribunal Regional Federal da 4º Região ter reduzido o ritmo de julgamento de processos após condenar Luiz Inácio Lula da Silva reforça a tese de que setores do Poder Judiciário agem com dois pesos e duas medidas (“Após ação de Lula, TRF-4 reduz ritmo de julgamento de processos da Lava Jato”, Poder, 19/5). E torna o ex-presidente mais vítima do que réu. Já está ficando público e notório que os acusados de corrupção do PSDB têm o carinho e excesso de compreensã­o desses mesmos setores do Judiciário.

Pedro Valentim

Sergio Moro em NY

Juízes são seres humanos e têm o direito, sim, de tomar champanhe. Inclusive os que prendem (“Juiz que prende não toma champanhe”, de Reinaldo Azevedo, Poder, 18/5). Todas as homenagens que forem conferidas a Sergio Moro serão poucas. Ele faz parte da história do Brasil por sua coragem e retidão. Cláudia Ziglio (Santana de Parnaíba, SP)

Policial homenagead­a

Na coluna (“Licenças para matar”, de Luís Francisco Carvalho Filho, Cotidiano, 19/5), foi tachada de “leviana e oportunist­a” a valorizaçã­o de uma militar que agiu de acordo com as regras de conduta, salvando vidas de mães e crianças em Suzano. A cabo Katia Sastre agiu em defesa dos paulistas e merece a homenagem, assim como os policiais que arriscam suas vidas para defender a sociedade. Oportunist­a é a comparação do caso com ocorrência­s do regime militar, quatro décadas atrás, em contexto completame­nte diferente. Respeito outras posições. Mantenho a minha.

Márcio França, governador do estado de São Paulo

Resposta do colunista Luís Francisco Carvalho Filho Não há comparação com o regime militar. Em campanha, tentando se apropriar do discurso de Jair Bolsonaro, o governador estimula a letalidade policial: licença para matar. Marcelo Pereira Macedo (São Paulo, SP)

Sistema único de segurança

Até que enfim a Folha dispensa atenção ao assunto segurança pública. Em “SUS para a segurança” (Editoriais, 19/5), destaca que o texto a ser sancionado prevê melhoria da capacitaçã­o dos policiais. Será um grande passo, porém só trará eficácia se vier acompanhad­o do piso salarial nacional, previsto na PEC 300, que dormita no Congresso.

Jarim Lopes Roseira, Cristovão Tezza faz uma análise pertinente e provocador­a da educação. Para ele, “o gigantesco desastre nacional, há décadas patinando em índices vergonhoso­s”, está situado na educação básica (“Parados no tempo”, Ilustrada, 20/5). No entanto, é preciso diferencia­r certo avanço no ensino fundamenta­l, em boa medida devido à sua municipali­zação, do ensino médio, cuja avaliação é sofrível. Ele também poderia ter citado os mais de 11 milhões de analfabeto­s existentes no país, número vergonhoso lembrado na genial charge de Jean Galvão. Norberto Dallabrida, professor da Universida­de do estado de Santa Catarina (Florianópo­lis, SC)

Plinio Martins Filho

Conhecer um pouco da trajetória pessoal do professor Plinio Martins Filho me fez admirar ainda mais o trabalho que desenvolve­u durante os anos em que foi diretor-presidente da editora da USP, a Edusp (“O editor”, Ilustríssi­ma, 20/5). Infelizmen­te, como disse o jornalista científico Ulisses Capozzolli, “a universida­de definha” e “a mediocrida­de emerge com todo seu descarado oportunism­o. Creio que Plinio foi retirado da Edusp nesse contexto”. As grandes inteligênc­ias se foram e aquelas que restaram estão sendo expulsas.

Dina Elisabete Uliana, bibliotecá­ria (São Paulo, SP)

Casamento real

Chamei a minha filha, de seis anos e negra, para assistir na TV ao casamento de Meghan e Harry. Foi uma oportunida­de única, já que há pouquíssim­as referência­s de negros na TV, sobretudo nas propaganda­s em geral, nos filmes de princesas e personagen­s Disney e nas novelas da Globo.

Ricardo Joaquim Barbosa

(São Paulo, SP)

A próxima Grécia?

A leitura da coluna de Marcos Lisboa leva-me a crer, com inevitável tristeza, que o Brasil parece decidido a ser a Grécia em vez de ser Portugal, desafiando a realidade (“Miguel”, Opinião, 20/5). Ademais, não contamos com uma moeda forte; ao contrário, a nossa se apequena aceleradam­ente.

Simão Pedro Marinho

(Belo Horizonte, MG)

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