Rede D’Or aporta R$ 3,5 bi em hospitais com centro para câncer
A Rede D’Or São Luiz investirá R$ 3,5 bilhões até o final deste ano em várias áreas, mas dará prioridade à oncologia. Desse total, R$ 1,5 bilhão será destinado ao crescimento orgânico da rede.
Depois de ter aberto em fevereiro em São Paulo uma sofisticada clínica, a OncoStar, o grupo acaba de inaugurar na cidade o laboratório de anatomia patológica, com capacidade para 7.000 exames ao mês.
“Investimos na patologia mais moderna que é a molecular, e em pessoal [17 patologistas], para que o laboratório atenda com a mesma eficiência outros hospitais, inclusive em outros estados”, diz Paulo Hoff, presidente do Grupo Oncologia D’Or, da Rede D’Or.
Ainda no município, o grupo terá em breve um instituto de ensino e pesquisa, com foco em oncologia, e uma farmácia dedicada à especialidade (de 800 m2). “Teremos outras [similares] em Brasília e Rio.”
A empresa alocou mais de R$ 100 milhões em dez equipamentos de radioterapia —dois deles inéditos no país.
Do total de aportes, R$ 1 bilhão refere-se a aquisições —UDI Hospital (MA), Richet Laboratório (RJ), e Hospital São Rafael (BA). Há ainda outras duas unidades hospitalares, em negociação final, em locais não informados.
O R$ 1 bilhão restante irá para dois hospitais premium em obras em São Paulo e Brasília, além da reforma total da Clínica São Vicente (RJ).
“Esses hospitais terão fortes centros em oncologia, mas serão hospitais gerais”, afirma Hoff, que é também diretor-geral do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira.
O hospital premium em São Paulo (no Itaim) terá duas torres: uma com 90 leitos só para tratar câncer e outra, 150 leitos generalistas. O grupo ainda reformará suas unidades e erguerá nos próximos anos um outro hospital em Recife.
Após captar recentemente R$ 6,8 bilhões, o grupo se diz capitalizado para atender essa demanda de investimentos.