PAINEL DO LEITOR
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Conflito israelo-palestino
A melhor resposta a Jaime Spitzcovsky (“A faixa de Gaza e o silêncio”, Mundo, 21/5) está no depoimento da voluntária da organização Médicos sem Fronteiras (“Era caótico, um tsunami de pessoas com os membros inferiores baleados”, Mundo, 21/5) e no relato do jornalista Yan Boechat (“Verdade sobre jornalismo de conflito não é sedutora”, Folha Corrida, 21/5). Para variar, em vez de culpar sempre as vítimas, o colunista poderia exigir que Israel devolvesse aos palestinos as terras que ocupa, ilegalmente, há “apenas” 51 aninhos, passo primordial para a paz e o entendimento entre os dois povos. Mauro Fadul Kurban (São Paulo, SP)
O texto é absolutamente imprescindível para entender a complexidade da região. Israel, assim como os demais países, tem o direito e a obrigação de defender suas fronteiras e sua população. Enquanto o Hamas utilizar mulheres e crianças como escudos humanos, não há com quem negociar.
Ricardo Berkiensztat (São Paulo, SP)
Venezuela
Muito bom ouvir que o Brasil não aceita o resultado das eleições venezuelanas. Há muito Nicolás Maduro mostra-se um ditador, um tirano contra seu próprio povo, contra a América Latina e contra a humanidade. Ditadura, de nenhum matiz, nunca mais.
Jose Rodolpho Perazzolo
(São Paulo, SP)
A impressão é que a população venezuelana é formada por dois tipos de indivíduos: os decentes e os que podem mudar as coisas naquele país. Infelizmente, essas duas características não andam juntas, pois quem é decente não tem o poder de mudar as coisas e quem tem esse poder, ao que parece, não pertence à categoria dos decentes. Quem poderia mudar as coisas na Venezuela? Certamente quem detém a força das armas, ou seja, as Forças Armadas, que, tudo indica, estão de pleno acordo com a atual situação do país.
Raymond Kappaz (São Paulo, SP)
OquehojeprevalecenaVenezuelaé a tirania de Maduro e de seus comparsas, que provocam a miséria, a violência e a degradação do país. Hiram Maisonnave Junior
(São Paulo, SP)
Apoio dos tucanos
Éfundamentalque o partido deMichel Temer, o MDB, se alie a Geraldo Alckmin (PSDB) na corrida eleitoral, tendo Henrique Meirelles como seu vice. O ex-governador é o único nome capaz de promover a estabilidade política e econômica de que o Brasil tanto precisa. Suas credenciais falam por si sós. Afinal, o homem que governou São Paulo, um estado com bons índices de desenvolvimento, está mais do que preparado para colocar o país nos trilhos (“Tucanos dão mais apoio aos projetos de Temer do que o MDB”, Poder, 21/5).
José Carlos Christofoletti (Itu, SP)
Custo dos três Poderes
Acredito que a Câmara e o Senado nunca farão reformas e cortes que tirem os seus privilégios (“Democracia ou privilegiocracia?”, de Renato Feder e Renato Dias, Tendências / Debates, 20/5). Só uma reforma do Estado poderia modificar essa gigantesca estrutura de benefícios aos três Poderes. Uma assembleia eleita exclusivamente para esse fim, com prazo determinado, poderia nos dar a esperança de voltarmos a ser um país verdadeiramente democrático. A Folha poderia iniciar esse debate.
Vigold Grunfeldt (Pouso Redondo, SC)
Som alto e chutes em rodeios
Excelenteareportagem“Tourosenfrentam chutes e som alto em rodeios pequenos” (Cotidiano, 21/5). Nãosetratadepolemizar,deserpró ou contra rodeios, mas de mostrar aos leitores o que acontece nesses locais. Foi o que a reportagem fez. Cada um tire suas próprias conclusões sobre os chutes, choques e som alto enfrentados pelos bichos nosrodeios e que areportagemtão bemexpôs.Sealguémachaqueisso nãosãomaus-tratos,nãomeconvide para visitar sua casa, por favor. Marcos Aurélio Mota (Piracicaba, SP)
Uso de agrotóxicos
O Congresso não tem competência científica para legislar sobre agrotóxicos (“Sabor do veneno”, de Janio de Freitas, Poder, 20/5). Não pode o lobby de produtores e comerciantes prevalecer sobre a saúde do povo. Vejo em nossa UTI o efeito devastador sobre o organismo humano quando há a ingestão acidental dessas substâncias. Esses efeitos seguramente se reproduzem de maneira lenta quando ingerimos produtos agrícolas nos quais foram utilizadas águas contaminadas por tais produtos. Melchior Moser, médico (Timbó, SC)
Fornecimento de gás natural
É preciso que se esclareça que desde 1997, quando a lei 9.478 foi sancionada pelo então presidente FHC, a Petrobras deixou de exercer o monopólio da exploração e produção de petróleo e gás natural no país (“Teste de fogo para o Cade”, de Gesner Oliveira, Tendências / Debates, 21/5). Desde então, dezenas de outras companhias vêm concorrendo com a estatal na atividade de exploração e produção de petróleo e gás natural.
Sergio Iatchuk (Vinhedo, SP)
Ensino fundamental e superior
Cursei engenharia 35 anos atrás. Minhas duas filhas fizeram o mesmo curso. O currículo foi praticamente idêntico. O vestibular era único no Rio, hoje inventaram o Enem, igual no Brasil todo, igual para todas as áreas de estudo. Fora do Brasil, nada é igual, o ensino médio depende da área de escolha. Aqui o totalitarismo e o academicismo imperam (“Parados no tempo”, de Cristovão Tezza, Ilustrada, 20/5). José Coelho (Rio de Janeiro, RJ)
Achei lúcido o texto e ele ganha relevância, na medida em que foi feito por alguém que conhece o sistema por dentro. O país tem que gastar mais e melhor com educação básica, que é para todos. Educação superior tem de ser bancada pelos educandos e, no caso de alunos pobres, pelo estado. Não se justifica um indivíduo que pode pagar pela educação superior e a recebe de graça, sem qualquer questionamento. O imposto que paga seus estudos foi arrecadado majoritariamente dos pobres.
Luiz Medeiros (Campinas, SP)
Lei da Anistia
Mais uma vez Ives Gandra da Silva Martins nos brinda com um artigo (“A Lei da Anistia é irrevogável”, Tendências / Debates, 19/5). Trata-se de um bom esclarecimento àqueles que tomam conhecimento de acontecimentos pelas versões que somente interessam àqueles que, se não fossem impedidos à época, teriam feito ao Brasil tudo aquilo a que estamos assistindo agora. Luiz Antonio Pereira, advogado (Jundiaí, SP)
Stanley Kubrick
A qualidade técnica do filme “2001: Uma Odisseia no Espaço” é indiscutível (“Kubrick contra a Nasa”, de Ruy Castro, Opinião, 20/5). Ele é altamente recomendável para quem busca ler o livro. Ambos se complementam.
Diego Pereira da Silva (Osasco, SP)