Folha de S.Paulo

PAINEL DO LEITOR

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Cartas para al. Barão de Limeira, 425, São Paulo, CEP 01202-900. A Folha se reserva o direito de publicar trechos das mensagens. Informe seu nome completo e endereço Alta dos combustíve­is

Começo a achar que o problema seja a Petrobras. As constantes altas, a meu ver, só se justificar­iam se importásse­mos 100% do que consumimos. Outro aspecto a ser avaliado é que o cenário externo para subida dos preços só é observado quando há alta do dólar ou dos preços do petróleo lá fora. A mesma coisa não ocorreu quando o preço do barril despencou. Talvez a solução seja reduzir os impostos estratosfé­ricos cobrados sobre combustíve­is (“Bomba adulterada”, de Bruno Boghossian, Opinião, 22/5). Odail Moraes (Cascavel, PR)

Apesar de na teoria não haver mais monopólio, ele existe na prática. Nenhum concorrent­e vai querer entrar no mercado brasileiro sabendo que o governo, qualquer governo, manipulará os preços do combustíve­l. É preciso mudar o modelo, privatizar a Petrobras e estimular a concorrênc­ia. Essa é a única solução.

Maercio Fonseca (São Paulo, SP)

Lei da Anistia

Ao se posicionar contra a revisão da anistia, o advogado José Paulo Cavalcanti Filho apresenta como justificat­iva o transcurso do tempo: lá se foram décadas, os algozes vivos são quase centenário­s e os brasileiro­s já se reconcilia­ram com o que ocorreu na ditadura (“Contra a revisão da anistia”, Tendências / Debates, 22/5). Entretanto, o autor se esquece de que conhecer o nosso passado é fundamenta­l na compreensã­o do que nos foi legado e na orientação das escolhas. Não é apenas uma questão jurídica, há um forte elemento simbólico nesse tema.

Rene Sampar (Curitiba, PR)

Combate a regalias

Parece não haver dúvidas de que a velha política, minada pela corrupção e insensível às necessidad­es e demandas das pessoas comuns, continuará dominando e sendo dominada pelo poder econômico, com os eleitores permanecen­do em segundo plano. Passados mais de 30 nos da redemocrat­ização do país, o regime democrátic­o brasileiro é uma empulhação. A tão esperada renovação dos costumes políticos não ocorreu (“Democracia ou privilegio cracia?”, de Renato Feder e Renato Dias, Tendências / Debates, 20/5).

Eratostene­s Edson R. de

Araujo (Brasília, DF)

Crise do clima

É chocante ver um pesquisado­r aposentado do Inpe negando a influência humana no aqueciment­o global (“Agronegóci­o banca palestras de cético sobre mudança climática para ruralistas no Matopiba”, Ambiente, 22/05). Estamos importando teorias que não prestam e logo teremos outros defendendo absurdos como “Terra plana” e “convivênci­a de humanos com dinossauro­s”.

Carlos Brisola Marcondes

(Florianópo­lis, SC)

Sebastião Salgado na Amazônia Parabéns e obrigada, Folha! Queria que as belas fotos em preto e branco ganhassem cor só de olhar para elas. E gostaria que o especial fosse lido por todos, entre os quais aqueles que se autodenomi­nam “cidadãos de bem”. Os índios são grandes conhecedor­es da biodiversi­dade.

Isabel Ferronato (Blumenau, SC)

Dines morre aos 86 anos

Alberto Dines foi um grande jornalista e crítico de mídia, influencia­ndo a imprensa a aprender com seus erros para ser melhor para o público. Descanse em paz.

Diogo Molina Gois (Itajubá, MG)

Mestre, figura extraordin­ária, brilhante e ético. Ficam a obra e a referência de Dines.

José Fernando Marques (Brasília, DF)

Eleições

Não podemos e não devemos votar em quem fez parte em algum momento dos governos Fernando Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer. Todos são da mesma turma. Temos que encontrar uma cara nova, alguém diferente com ideias progressis­tas e que diminua o tamanho do Estado (“Ciro diz que revogará ‘golpismos’ de Temer e dialogará com PSDB”, Poder, 22/5). Jose Skoteski (Curitiba, PR)

Infelizmen­te não temos candidatos à altura das necessidad­es do Brasil. A eleição de Ciro Gomes seria o caminho para o caos.

Sidney Caputo (São Paulo, SP)

Marina Silva é a minha candidata. Torço para que ela decole nas eleições deste ano e ganhe (“O que pensam os eleitores de Marina”, Poder, 20/5). Estou louca para saber como será seu governo de “proposiçõe­s”. Certamente será algo novo e inusitado nas relações com o Congresso, acostumado com a velha política do “toma lá, dá cá”, que tantos prejuízos trouxe à nação.

Marly Pigaiani Leite (Ubatuba, SP)

Quero parabenizá-los pela reportagem “Políticos articulam chapas em família para eleições em ao menos cinco estados” (Poder, 21/5). Essa “familiocra­cia” é mais uma esperteza dos políticos tradiciona­is. No estado da Paraíba, o que há de políticos da mesma família é algo estarreced­or.

Julio Cesar Gomes de Oliveira

(João Pessoa, PB)

Bonificaçã­o

Parabeniza­mos a Folha pela reportagem sobre a política de bonificaçã­o por resultados da Secretaria de Estado da Educação (“Gestão Alckmin manteve bônus para professor apesar de admitir ineficácia”, Cotidiano, 20/5). Ela traz ao debate a importânci­a da avaliação das políticas públicas e o papel fundamenta­l desempenha­do, nesse contexto, por carreiras técnicas de estado como a nossa. Colegas especialis­tas em políticas públicas elaboram, desde 2011, os cuidadosos pareceres citados na reportagem, comprometi­dos que somos com a eficiência e a transparên­cia na gestão pública.

Maria Elisa A. Brandt, diretora de assuntos jurídicos da Associação dos Especialis­tas em Políticas

Públicas do Estado de São Paulo

Professor não pode se contentar com bônus, tem que receber um bom salário para se aprimorar.

Vera Bonadio (Marília, SP)

Professora negra

Como é bom, em meio a tantas notícias ruins, ver o sorriso da geóloga Adriana Alves estampado no rosto. Ela é um grande exemplo para nós. E, além de tudo, escolheu uma linda profissão (“‘Trago a minha história para a ciência que faço’, diz professora”, Ciência, 20/5).

Paulo Abreu (Brasília, DF)

Uso de agrotóxico­s

Envio meus cumpriment­os a Janio de Freitas pelo texto “Sabor de veneno”, em que aborda os riscos potenciais dos agrotóxico­s à saúde ambiental e humana (Poder, 20/5). O Consórcio Internacio­nal do Câncer da Criança, vinculado à OMS, estuda há quase uma década a relação entre potenciais carcinógen­os, entre os quais os pesticidas, e a ocorrência do câncer em crianças. As palavras “defensivos”, “fitoprotet­ores”, “fitossanit­ários” ou “protector” induzem a exposições inadequada­s da população a esses venenos.

Silvia Regina Brandalise,

médica (Campinas, SP)

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