BRASIL NA CONTRAMÃO
A GE Power começou a alterar suas linhas de produção para atender mais ordens de equipamentos de energia solar e eólica e menos de gás, diz o presidente global, Russell Stokes.
No Brasil, no entanto, a empresa trabalha com o cenário oposto, o de uma alta na contratação de usinas a gás.
A necessidade no país é de garantir energia firme deve representar uma busca pelas geradoras que usam gás.
As hidrelétricas recentes não têm reservas de água, e por isso é preciso que o sistema tenha fontes que possam ser acionadas a qualquer momento.
A companhia espera também que os brasileiros consumam mais energia.
“Estou empolgado com o potencial do país. Esperamos que o PIB cresça 2,4%, a produção industrial já tem aumentado e o consumo per capita de energia é um quinto do americano —a demanda futura deverá ser significativa.”
A multinacional demitiu 12 mil pessoas no ano passado —a companhia não revela se houve desligamentos no Brasil— para se enquadrar ao novo cenário.
“Tivemos que adequar a estrutura e colocá-la no tamanho certo, mas gás ainda é relevante, porque ajuda a balancear as renováveis —o sol nem sempre brilha e o vento nem sempre sopra.”