Folha de S.Paulo

Atriz queria largar carreira antes de ‘This Is Us’

Protagonis­ta de premiada série dramática, Mandy Moore viveu hiato no showbiz após atuar em filmes teen e cantar

- -Victoria Azevedo

são paulo Primeiro, o reconhecim­ento na adolescênc­ia pelo lançamento de três discos pop que, juntos, ultrapassa­ram a marca de 10 milhões de cópias vendidas.

Depois, a participaç­ão em filmes teen, como “O Diário da Princesa” (2001) e “Um Amor para Recordar” (2002).

Hoje, a atriz americana Mandy Moore, 34, está à frente da bem-sucedida série de televisão dramática americana “This Is Us”, da Fox, e acumula indicações a prêmios pelo papel de Rebecca Pearson.

“Estava em uma pausa silenciosa da carreira, desistindo de tentar encontrar o meu lugar na indústria de entretenim­ento”, disse a atriz por telefone, em entrevista de que a Folha participou.

Antes de conseguir o papel no folhetim, cogitava voltar a estudar ou até mesmo fazer música.

Vencedora de prêmios Globo de Ouro, Emmy e SAG Awards, “This Is Us” explora a complexida­de das relações humanas a partir da vida da família Pearson, ao longo de diferentes décadas.

A trama percorre desde o casal de jovens pais nos anos 1980, Jack (Milo Ventimigli­a) e Rebecca, até a vida adulta dos seus três filhos, Kate (Chrissy Metz), Kevin (Justin Hartley) e Randall (Sterling K. Brown).

A segunda temporada do folhetim estreou no Brasil na Fox, no último dia 2.

Toda quarta-feira, dois novos episódios são exibidos — com opção de versão dublada. Pelo aplicativo do canal já é possível acessar todos os capítulos.

Com 18 episódios, a nova temporada é situada um ano depois da primeira, resgatando as tramas de cada personagem, como o desejo de Randall de adotar um filho, o conflito de Kevin para conciliar vida profission­al e amorosa, a vontade de Kate de se tornar uma cantora e uma forte briga entre o casal principal.

“As bases que apresentam­os nos primeiros episódios nos permitiram cavar um pouco mais profundame­nte no emocional na nova temporada. Exploramos essas emoções em lugares completame­nte diferentes”, afirma a atriz.

É nesses novos capítulos que a morte de Jack —grande acontecime­nto que é anunciado no começo da trama e que influencia diretament­e a vida das outras personagen­s— será explorada.

Para entender quão significat­iva é ela, o episódio em que finalmente são reveladas respostas sobre o incidente foi ao ar nos EUA depois da transmissã­o do Super Bowl (final da liga do esporte mais popular no país) deste ano. Data importante, inclusive, para as personagen­s da trama.

O sucesso de “This Is Us” vem no momento em que séries de TV estão se ressignifi­comédia cando, com uma oferta relativame­nte alta de bons produtos dramáticos, a exemplo de “The Handmaid’s Tale” (Hulu) e “Big Little Lies” (HBO).

Moore, que diz acreditar que movimentos feministas como Time’s Up e Me Too terão um efeito cascata em toda a indústria, mostra orgulho por encarnar uma mulher forte, capaz de “pegar os pedaços de sua vida depois de um trauma e se reerguer”.

Mas, diferentem­ente da onda de seriados contestado­res, “This Is Us” aborda temas como vícios, homossexua­lidade e racismo sem tratar diretament­e de fatos políticos.

“A história transcende as conversas partidária­s inescapáve­is no nosso país atualmente”, diz Moore.

Para ela, a série atua como um “canal para unir as pessoas” e, ao mesmo tempo, uma rota de fuga para essa realidade com “muita confusão e loucura”, servindo de espaço para o público ter, durante uma hora, “consolo, paz e entretenim­ento”.

This Is Us

Às quartas, a partir das 22h15, na Fox; 2ª temporada completa está no app do canal (para antes premium e Fox+)

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Ron Batzdorff/Divulgação Mandy Moore como Rebecca Pearson na segunda temporada de ‘This Is Us’

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